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Levantamento aponta redução da incidência de ferrugem asiática na soja

Dados preliminares apontam 110 vezes menos incidência de ferrugem asiática em plantio de fevereiro

Publicado em 16/04/2020 às 05:30

Levantamento aponta ainda que o número de aplicações de fungicidas químicos nas lavouras de fevereiro é 50% menor que em dezembro (Foto: Divulgação)

Dados divulgados pela Fundação Rio Verde esta semana apontam para um índice 110 vezes menor de incidência de ferrugem asiática no plantio de soja em fevereiro, se comparados com os semeados em dezembro. Os resultados da pesquisa científica são preliminares e mostram ainda que o número de aplicações de fungicidas químicos nas lavouras de fevereiro é 50% menor que em dezembro. 

As áreas de plantio de dezembro, nas quais foram coletados dados para pesquisa, deixam claro que, apesar da necessidade de um maior número de aplicação de fungicidas, continuam com alta severidade da ferrugem asiática na planta.

Uma das possíveis causas da diferença dos números de aplicação de fungicidas químicos de fevereiro e dezembro, são as aplicações prévias na lavoura de dezembro, antes da presença da doença no campo, caracterizada como desnecessária pela pesquisa. O levantamento aponta ainda que as técnicas utilizadas no plantio de fevereiro permitem a aplicação somente após a detecção de ferrugem no campo, garantindo mais sustentabilidade ambiental e economia aos produtores.

Conforme o levantamento, as pequenas áreas de cultivo de fevereiro, destinadas à pesquisa científica, serão colhidas muito antes do início do Vazio Sanitário com início em 15 de junho e término em 15 de setembro, e que não foram semeadas soja na sequência de soja, mas que os produtores deixaram área reservada para fevereiro.

Apontando para a mudança no calendário de plantio, objetivo da pesquisa científica, a Fundação Rio Verde afirma que “a pequena alteração no calendário de plantio vai evitar os plantios de soja em dezembro e janeiro, abrindo-se uma pequena janela em fevereiro, com menos aplicações de fungicidas e preservando o vazio sanitário”. E que “ensinar isso aos produtores é fundamental. Atualmente menos de 1/3 dos produtores de soja aplicam os fungicidas multissítios para controle da ferrugem, já que a indústria química só passou a recomendar recentemente”, pontua.

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