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Irregularidade das chuvas é o maior desafio na reta final da safra de soja

Seca atrasou o plantio e colheita pode vir com chuvas indesejadas

Publicado em 08/01/2021 às 21:44
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O município de Sorriso, maior produtor de soja no Brasil , que nesta safra cultivou aproximadamente 600 mil hectares de soja. (Foto: Reprodução)

Em Mato Grosso, a irregularidade das chuvas é o principal desafio das lavouras de soja na reta final da safra. Além disso, os problemas climáticos ameaçam impactar a produtividade do ciclo 2020/2021.

A colheita, por enquanto, ocorre em poucas fazendas. O grande volume da retirada dos grãos em todo o estado deve se concentrar no fim de janeiro e começo de fevereiro, mas até lá o momento é de apreensão por parte dos agricultores.

“Nós plantamos no município aproximadamente 400 mil hectares e nós temos regiões muito prejudicadas. Teve, dentro do município, 3,4% de áreas que foram replantadas e teve área de ter replantes duas vezes e áreas de produtores que acabaram de fazer suas plantas agora na primeira semana de dezembro. Chove 100 milímetro em um lugar não chove nada em outro, tivemos, um ano de muita dificuldade e pedimos que, daqui pra frente, essa chuva venha a se regularizar, para que o prejuízo não seja maior. É uma safra de menor produtividade em relação aos anos anteriores”, disse o presidente do Sindicato Rural de Diamantino, José Cazeta.

O município de Sorriso, maior produtor de soja no Brasil , que nesta safra cultivou aproximadamente 600 mil hectares de soja, também tem lavouras prejudicadas pelo déficit hídrico. “Cerca de 20% das lavouras aqui tiveram algum dano. De acordo com a pré-estimativa do sindicato rural, vamos ter de 4% a 5% de quebra nas produtividades de Sorriso devido à seca”, contou o presidente do sindicato rural do município, Silvano Felipeto.

A previsão de mais um veranico no começo do ano pode aumentar a estatística de perdas de produtividade na safra de soja 20/21 do município. “Faz 3 a 4 anos que temos um veranico em janeiro, houve casos nos últimos anos em algumas lavouras inclusive lá na nossa fazenda de perder cerca de 10 sacas por hectares devido a grande estiagem de janeiro”, completou Felipeto.

O acúmulo de colheita da soja é outra preocupação dos agricultores mato-grossenses nesta safra. Segundo Silvano Felipeto, houve um acúmulo de plantio no mês de outubro muito grande devido ao atraso, então vai ter um acúmulo de colheita entre o dia 10 e o dia 20 de fevereiro. “Cerca de 60% da colheita ocorrerá nessa época e, se tiver muita chuva, pode haver perdas”, concluiu.


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