Após três anos de estudos, pesquisadores da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – e da Bayer divulgaram os resultados conclusivos do mapeamento genético do fungo causador da ferrugem asiática no soja. Em nota, o grupo de cientistas da Embrapa afirmou que, “a partir de agora, os esforços para o controle da doença entram em um novo estágio, dando origem a novos agroquímicos e até lançamentos de biotecnologia, como variedades transgênicas”.
Para saber quais os maiores impactos ao sojicultor, o Portal da Cidade procurou a pesquisadora Luana Benufi, há 7 anos fitopatologista da Fundação Rio Verde, em Lucas do Rio Verde. Ela explica que os resultados a curto prazo são pouco relevantes, mas a partir do momento que laboratórios e a própria indústria de sementes começarem a se valer do conhecimento sobre o sequenciamento genético do fungo, muitas oportunidades poderão se abrir.
“Foram 12 grupos de especialistas pesquisando o genoma e coletando dados. A partir de agora, com todas as informações compiladas, poderemos ter desde fungicidas mais potentes e específicos até variedades de soja mais resistentes ao fungo. Com isso poderemos ter, inclusive, uma janela de plantio de soja mais elástica do que a atual, com aumento de produtividade”, explica Luana.
