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Conta não fecha!

Suinocultores acumulam prejuízo de até R$ 100 por animal abatidos em MT

Segundo a associação que representa os criadores, preço de venda do suíno encolheu e não é mais suficiente para cobrir custos de produção

Publicado em 09/04/2021 às 06:00

(Foto: Reprodução/Canal Rural-MT)

Preocupação nas granjas. A conta não tem fechado para os suinocultores em Mato Grosso. Com os preços em queda e os custos em alta, os criadores têm acumulado prejuízos. Hoje, o valor pago pelo suíno vivo gira em torno de R$ 4,90/kg no estado. Já as despesas dos produtores, chegam a aproximadamente R$ 5,70/kg, de acordo com a Acrismat.

A cada animal encaminhado para abate, o prejuízo gira entre R$ 80 e R$ 100. Segundo a entidade, há risco de que pequenos produtores tenham dificuldades em continuar na atividade, caso o cenário siga como está.

Do início do ano até aqui, o valor pago pelo quilo vivo do suíno encolheu de R$ 5,70 para R$ 4,90 em Mato Grosso, queda de 13,85%. No mesmo período, o preço da carcaça vendida pelos frigoríficos recuou de R$ 10,73 para R$ 9,29/kg, uma diferença negativa de 13,42%. Apesar da retração sentida no campo e na indústria, na outra ponta da cadeia o cenário é outro, segundo a Acrismat, que questiona essa disparidade. Um levantamento feito pelo Imea aponta que os consumidores estão pagando mais caro pela carne suína no estado. Alguns cortes como o lombo, por exemplo, acumularam alta de 10% de janeiro até hoje, saltando de R$ 26,39 para R$ 26,87/kg em média.

O que dizem os supermercados?

Em nota encaminhada ao Canal Rural, a Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat) contesta que o setor esteja elevando os preços da carne suína aos consumidores. Segundo o texto, “é importante esclarecer que os preços foram verificados nas lojas desde o mês de outubro de 2020 e não existe essa diferença apontada pela Acrismat. Nesta segunda-feira (29.03), por exemplo, o preço da carne suína nos supermercados de Mato Grosso está 2% mais baixa em relação ao mês de janeiro passado”, aponta. A nota encerra dizendo que “é preciso olhar o setor como um todo e não apenas casos isolados”, conclui.


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