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ÁGUA

Administração cita aumento no consumo e falta de investimento para escassez

Em entrevista à imprensa, diretor de Desenvolvimento Humano explica que situação atual é reflexo da falta de investimento

Publicado em 06/08/2020 às 00:30
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Diretor de Desenvolvimento Humano falou sobre problemas de abastecimento de água (Foto: Portal da Cidade)

Nos últimos dias, consumidores do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) têm reclamado a falta de água em vários bairros de Lucas do Rio Verde. As maiores queixas são de moradores de bairros como o Jardim das Palmeiras, Veneza, Parque das Américas, Jaime Seiti Fujii e Vida Nova e acontecem num momento em que o município inaugurou reservatórios e poço artesiano. 

O diretor de Desenvolvimento Humano, Gilson Pelicioni, o Baitaca, explicou que alguns fatores têm contribuído para a escassez de água. Entre eles, o diretor citou o aumento no consumo do produto e a falta de investimentos de médio prazo na captação e armazenamento. Baitaca anunciou algumas providências para amenizar o problema.

Durante entrevista à imprensa, Baitaca citou que o último poço foi perfurado em 2014. Já o último reservatório, localizado no Jaime Seiti Fujii, foi construído em 2012. Na época, o SAAE tinha 20 mil consumidores. Hoje são mais de 26 mil consumidores.

Outro fator que contribui para a escassez do produto nas torneiras é o aumento do consumo nesta época do ano. Além da estiagem, a cidade vive um momento de pandemia que tem obrigado o consumidor a adotar novos hábitos de higiene para evitar a disseminação do novo coronavírus. Desde abril o luverdense tem ficado mais em casa (são cerca de 20 mil alunos que não têm ido às escolas) e, para vencer o Covid-19, lavado mais roupas e feito a higiene pessoal. “Isso automaticamente aumenta o consumo”.

De abril a julho, houve aumento considerável no consumo de água, passando de 500 milhões para 650 milhões de litros de água produzidos. Abril foi o último mês em que foram registradas chuvas em Lucas do Rio Verde.

Baitaca anunciou que o SAAE fará a perfuração de um poço, o número 24, para atender a região do Jaime Seiti Fujii, Parque das Américas e Vida Nova. A previsão é concluir os trabalhos em até 15 dias. “Tem alguns momentos do dia, dependendo do dia da semana, o sistema entra em colapso e chega a faltar água em algumas regiões, principalmente regiões mais altas”, declarou.

Já sobre o problema verificado na região do Veneza e Jardim das Palmeiras, onde foi registrada falta de água ou pressão em boa parte do dia, o diretor cita que algumas residências sofrem por falta de reservatório, já que o equipamento assegura a manutenção da residência quando ocorrer dificuldade do SAAE manter o abastecimento adequado.

“Em algumas partes da cidade estamos com o sistema estrangulado, no limite. As bombas, os poços estão trabalhando 24 horas por dia”, explicou Baitaca, pedindo que as pessoas usem a água com racionalidade, evitando desperdício. Ele acrescentou que o SAAE ainda não cogita racionamento, mas se a situação de escassez persistir a medida poderá ser adotada. “A água neste período deve ser usada estritamente para o que o for necessário e na quantidade necessária”.

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