O novo secretário de Cultura de Lucas do Rio Verde, Ruam Villas Boas, recebeu com exclusividade o Portal da Cidade em seu gabinete para comentar o trabalho desenvolvido por sua equipe frente as oficinas culturais e artísticas oferecidas à comunidade. O projeto conta com mais de uma dezena de cursos voltados a todas as faixas etárias e abrangendo desde artes plásticas, dança até o aprendizado de música erudita.
“Ao contrário de outros programas que existem, o que fazemos aqui em Lucas do Rio Verde segue dois princípios fundamentais: o primeiro é a busca pela integração social das crianças, independentemente de sua condição financeira; o segundo é a formação real dos alunos, oferecendo algo positivo que eles possam levara para o resto da vida. Somos contrários ao assistencialismo puro e simples, trabalhamos com a proposta de que todos são capazes de aprender”, enfatiza Ruam.
Ele ainda cita exemplos de alunos que, graças às oficinas culturais ofertadas pela Secretaria, aprenderam a tocar instrumentos musicais e que hoje são profissionais da música. “Acho que esse é o maior diferencial das nossas oficinas [...] queremos que as pessoas cheguem aqui e de fato aprendam algo, incentivamos que continuem a praticar e a se aperfeiçoar. Isso cria valor social, cria oportunidades, melhora as pessoas”.
Josué Santos é professor de percussão e comenta que não são poucas as vezes que os pais de alunos o agradecem pelo progresso de seus filhos. “Muitos chegam aqui com medo, acanhados, ou muito agressivos [...] e a música oferece a eles uma nova perspectiva e disciplina. Tive um aluno que chegou aqui sendo taxado como um verdadeiro problema em casa e na escola, mas com paciência e dedicação fomos mostrando para ele que as coisas se tornam melhores se soubermos olhar para a vida sem tanta agressividade [...] e ele melhorou tanto que, quando se mudou de Lucas do Rio Verde para outra cidade, seus pais e professores diziam que era outro menino”.
Vinícius Pinheiro e Josué Santos (Foto: Portal da Cidade)
Aluno do professor Josué, o pequeno Vinícius Pinheiro, 13 anos, tem duas aulas por semana e conta que gosta muito das aulas. “Aqui é muito legal! O professor ensina bem, nos trata com respeito, eu aprendo bastante e quero aprender mais ainda, depois que comecei a estudar aqui minhas notas melhoraram na escola, eu me tornei um aluno mais atento, mais cuidadoso com minhas coisas”.
Outro a comentar a melhora de seus alunos na esfera social e escolar é Vanderlei Veloso Júnior, mais conhecido como Júnior Munhoz. O professor enfatiza que “por trabalhar com cultura urbana, muitos dos alunos que chegam até aqui vem de ambientes muito complicados e violentos. Com o tempo, aplicando organização, disciplina e respeito, a gente vê que eles passam a ver as coisas por um prisma melhor e, a partir daí, melhoram na escola, no relacionamento dentro de casa [...] e a gente fica sabendo dessa melhora através dos pais e dos professores que nos procuram e comentam. Acho que é isso que faz tudo valer muito a pena”.
