Em entrevista concedida na tarde de ontem (segunda-feira,
11) ao jornalismo do Portal da Cidade, o secretário de Cultura de Lucas do Rio
Verde, Ruan Villas Boas, comentou
que a expectativa da pasta para os ingressos de novos alunos nas oficinas
culturais seja de 1,6 mil matrículas. O número, explica ele, só é possível
porque haverá investimentos para facilitar o acesso de crianças que moram em
setores mais distantes às aulas ministradas pelo programa.
“Nossa proposta é descentralizar as aulas. Há crianças
que moram em bairros mais afastados da cidade e que não têm condições de chegar
até aqui e depois voltar para suas casas. Pensando nelas, já fizemos o
levantamento de preços de contêineres que vamos instalar em pontos estratégicos
da cidade, que servirão como sala de aula para nossos alunos”, explica Ruan.
Com a prática, a Secretaria avalia que poderá até dobrar o
número de alunos hoje assistidos pelas oficinas culturais. Estão planejadas
aulas nestes postos avançados para os bairros Cerrado, Bandeirantes e Tessele Júnior.
“Em cada contêiner poderemos agregar até 300 alunos, embora nossa meta seja um
pouco inferior a esse número. Importante é frisar que isso vai nos proporcionar
atingirmos, já para esse ano, aproximadamente 1,6 mil alunos atendidos”, afirma
o secretário.
Ruan faz questão de chamar a atenção para o fato de que os
números indicam que a Secretaria de Cultura tem conseguido aumentar o volume de
crianças atendidas ao mesmo tempo que mantém o orçamento anual da pasta
praticamente inalterado: “Quando as oficinas culturais começaram, em 2016,
atendíamos 352 crianças; no ano seguinte, já passamos a atender 846, e em 2018,
matriculamos 1076 alunos. Em 2019 planejamos receber 1,6 mil crianças e
adolescentes entre 4 e 17 anos, em 18 modalidades diferentes de cursos que
oferecemos. Isso representa um salto de 454,5% no número de matrículas”,
comemora.
Para explicar o crescimento, Ruan apresenta dois fatores que julga serem fundamentais: “em primeiro lugar fomos capazes de ir até as comunidades atendidas e saber quais eram as oficinais que mais tinham demanda; e, em segundo lugar, não nos fechamos em nós mesmos: se tínhamos pouco dinheiro, investimos em descentralização, levando a Secretaria às comunidades e não apenas esperando que eles viessem até nós”.
