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TECNOLOGIA

A lavoura dos robôs: como a mecatrônica se tornou uma necessidade no campo

Cada vez mais a robótica se torna ferramenta indispensável ao homem do campo e quem não a tomar como ferramenta ficará no prejuízo, afirmam especialistas

Publicado em 20/02/2019 às 00:15
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Com o desenvolvimento da mecatrônica, agropecuária entrará em um novo ciclo de desenvolvimento (Foto: Reprodução)

Com a onda de novas tecnologias para o agronegócio, as empresas que disputam este mercado têm investido pesado em inovação e aperfeiçoamento de seu portfólio de produtos. Especialistas no assunto, há algum tempo, chamam esta nova forma de relação com a produção agropecuária de “nova revolução verde”, que enxerga a próxima geração de produtores como pessoas ligadas, ao mesmo tempo, à produção na lavoura e a todos os demais ramos que compõem o mercado.

Outro fator relevante, garantem os desenvolvedores destas novas tecnologias, é a produtividade aliada à redução das perdas nas etapas do processo de distribuição, desde a lavoura até o consumidor final.

A partir de pesquisas e desenvolvimento, uma empresa espanhola desenvolveu uma colheitadeira de morangos capaz de identificar apenas os frutos maduros, deixando os verdes ou em fase de maturação no pé; pequenas propriedades da Alemanha estão testando drones com câmeras especiais para mapear a presença de insetos nas plantações; na China, equipamentos mais completos têm resolvido o problema da falta de mão de obra em determinadas regiões agrícolas; duas grandes fábricas de máquinas agrícolas têm investido recursos na criação dos primeiros tratores autônomos.

Uma dessas fábricas, com sede nos Estados Unidos, chegou a adquirir parte de uma empresa farmacêutica para estudar o desempenho de um pulverizador capaz de identificar, isoladamente, as necessidades de nutrientes de cada planta ou a presença de ervas daninhas em determinadas áreas de cultivo.

Com a redução das perdas, aumento na eficiência de produção e economia com insumos, afirmam os pesquisadores, a atividade agrícola do século XXI tem potencial para se tornar um dos grandes polos de desenvolvimento de novas tecnologias ao redor do mundo.

Neste sentido, afirma o sociólogo Sonir Boaskevicz, “a agricultura 4.0 se mostra capaz de gerar um outro ciclo de desenvolvimento social e econômico, aos moldes do que aconteceu na Idade do Bronze, com o amadurecimento das técnicas agrícolas ou na Europa do final da Alta Idade Média, quando a produtividade do campo teve um salto e propiciou excedentes jamais vistos por aquele continente. Aqueles que não souberem se colocar dentro deste novo ciclo se tornarão economias adjacentes e dependentes. Daqui para frente, mesmo em um futuro bem próximo, será impensável a agricultura de ponta sem o uso destas ferramentas que estão sendo desenvolvidas”.

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