Após o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) apresentar à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 484/19 que pretende proibir o uso de aviões na pulverização das lavouras de Mato Grosso. O deputado argumenta que "é necessário proibir a aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins através de pulverização aérea visando preservar o meio ambiente e a saúde da população".
TRABALHO ORQUESTRADO - No entanto, representantes do agronegócio questionam a metodologia que sustenta a argumentação do parlamentar petista e afirma que existe um trabalho orquestrado, em diversos estados do Brasil, para atacar a aviação agrícola.
Além de Mato Grosso, projetos de Lei similares tramitam nas Assembleias Legislativas do Rio Grande do Sul, Paraná e Espirito Santo. Sobre os projetos, os agricultores e empresários do setor de aviação chamam a atenção para uma coincidência: todos os proponentes pertencem ao mesmo partido político.
QUESTIONAMENTOS - Sobre o Projeto de Lei, o Comandante Antônio Carlos Martelli, há 20 anos como piloto agrícola, comenta que "existe uma inconsistência enorme nos argumentos e na metodologia usada em todos estes projetos. Afinal, o que faz mal é o agente químico do produto que é aplicado, não o avião! Estão tomando a coisa pelo avesso mais uma vez! O defensivo vai deixar de ser nocivo ao aplicador ou a qualquer outra pessoa caso seja usado um pulverizador terrestre ao invés do avião?! Não existe nenhum tipo de estudo sério que apresente dados conclusivos que sustentem este verdadeiro lobby para destruir um setor que emprega, só no Brasil, mais de 100 mil profissionais que seguem regras de prevenção contra acidentes à risca".
