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Brasil mantém produtividade alta, mas renda da lavoura pode cair novamente

É esperado um aumento de 2,5% na produtividade, mas renda do agricultor pode ficar 1,1% menor em 2019

Publicado em 12/03/2019 às 00:01
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Produtor brasileiro está colhendo mais, mas ganhando menos a cada safra (Foto: Reprodução - Confederação Nacional da Agricultura - CNA)

A CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento, divulgou na manhã de hoje (terça-feira, 12) seu sexto levantamento anual sobre a produtividade de grãos do Brasil para a safra 2018/19.

Segundo o órgão, os números indicam que, apesar na quebra da safra de soja, que chegou a 4,9%, segundo o último balanço feito pelo Governo Federal, a expectativa ainda é de crescimento em relação à safra anterior de aproximadamente 2,5%, o que representaria um total de 233,3 milhões de toneladas colhidas. As apostas repousam sobre o milho safrinha, que deve ter incremento de 23,6% sobre o volume colhido na safra 2017/18, e sobre o algodão, que deve ter produtividade 28,4% superior ao desempenho do ano passado, atingindo a marca de 2,6 milhões de toneladas.

Também há indicativos que apontam para o crescimento da área plantada em todo o território nacional, chegando a quase 63 milhões de hectares, cobrindo espaço 1,9% superior ao registrado na safra anterior.

RENTABILIDADE – Apesar do aumento da produtividade em quase todas as cultivares de maior relevância para a composição do PIB agro, os cálculos indicam que a remuneração do agricultor será menor em relação aos anos anteriores. A exemplo do que vem acontecendo há aproximadamente uma década, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – os lucros do campo têm sofrido perdas consecutivas graças ao aumento do custo dos insumos, logística deficiente e políticas governamentais equivocadas.

Pelos dados do instituto, em 2016, a renda das lavouras, medida pelo VBP – Valor Bruto da Produção agropecuária – caiu 2,6% em relação a 2015; recuperou-se em 1,3% em 2017, mas voltou a cair em 2018 em mais 2,14%. As estimativas são de nova redução, de algo em torno de 1,1%, até o final de 2019. O resultado disso, afirmam as entidades que representam os produtores, é que as dívidas precisam ser renegociadas a cada ciclo e a competitividade do Brasil começa a entrar em xeque.

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