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COMO RESOLVER?

Brasil ocupa o 6º posto entre países com maior número de roubo a cargas no Mundo

Prejuízo gerado por quadrilhas especializadas em roubo a cargas gerou, em 2018, prejuízo estimado em R$ 1,57 bilhão

Publicado em 13/03/2019 às 21:21

Roubo a cargas e caminhões no Brasil gerou, em 2018, prejuízo de quase R$ 1,6 bilhão (Foto: Reprodução)

O caso do roubo à carreta e as horas de tensão sobre o paradeiro do motorista Ivan “Bradock”, registrados pelo Portal da Cidade ontem (quarta-feira, 13), chamou a atenção para um recorrente problema nacional: o roubo a cargas e caminhões nas estradas brasileiras.

Estima-se que, apenas em 2018, quadrilhas especializadas a roubos de cargas e caminhões tenham gerado um prejuízo de R$ 1,57 bilhão ao Brasil. O número vem crescendo desde 2009, quando o cálculo sobre os custos deste tipo de modalidade criminosa indicou que R$ 900 milhões, com 13,3 mil ocorrências registradas naquele ano, segundo dados oferecidos pelo Setcesp – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo.

TRISTE POSIÇÃO - Os Números põem o Brasil entre os piores e mais inseguros países do mundo para se transportar mercadorias. Dados divulgados pelo Comitê de Transportes de Carga do Reino Unido, pela Firjan - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro e pela SSP-SP – Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, ele está na sexta posição do ranking mundial de países com maior número de roubo a cargas do planeta, ficando atrás apenas de Síria, Líbia, Iêmen, Afeganistão, e Sudão do Sul. Fora o Brasil, todos os demais países da lista passam por pobreza extrema ou guerras civis. (VEJA GRÁFICO NO FINAL DA MATÉRIA)

Embora tenha sido registrada a diminuição de ocorrências, São Paulo e Rio de Janeiro continuam a ser os estados onde este tipo de crime mais ocorre, principalmente porque as cargas tornam-se moeda de troca dos traficantes com donos de empresas que se aproveitam do preço abaixo do mercado para lucrar com o comércio ilegal dos produtos roubados.

CPI - O tema tem gerado tanta preocupação que, entre 2000 e 2002, o Congresso Nacional manteve em atividade a CPI do Roubo de Cargas, que indiciou 180 pessoas, incluindo um Deputado Federal. Conforme o relatório final, votado e aprovado pelo Parlamento em dezembro de 2002, 40 dos indiciados tinham ligação direta com o crime organizado.

A partir da constatação do aumento do número de cargas roubadas a partir de então, as seguradoras têm aumentado o custo dos seguros cobrados das transportadoras, que é repassado ao valor do frete pago pelos empresários. O roubo a cargas criou, inclusive, uma nova modalidade de seguro: o serviço de escolta especializado, onde veículos com seguranças fortemente armados acompanham carretas e caminhões pelas estradas, até o seu destino final.



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