Portal da Cidade Lucas do Rio Verde

PARALISAÇÃO A VISTA

Caminhoneiros preparam greve geral a partir do próximo dia 1° de fevereiro

Segundo entidade, paralisação pode ser maior do que em 2018

Publicado em 14/01/2021 às 08:50

Associação de Caminhoneiros aposta em adesão maior que à demonstrada na greve de 2018 (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Caminhoneiros de todo o país devem parar no próximo dia 1º de fevereiro. De acordo com o presidente da Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, a paralisação poderá ser maior do que a registrada em 2018. Ele cita o grau crescente de insatisfação da categoria, principalmente em relação ao preço do diesel e às promessas não cumpridas após a histórica greve no governo Temer. A ANTB representa cerca de 4,5 mil caminhoneiros. 

De acordo com o representante da entidade, a pandemia não deve impedir a mobilização, já que a categoria foi uma das que manteve seu ritmo de atividade ao longo desse período. Vários profissionais, inclusive, ficaram com fome na estrada com os restaurantes fechados.

O segmento listou dez itens para discutir com o governo afim de evitar a greve. A alta do preço do diesel é o principal motivador do movimento paredista. "Esse (diesel) é o principal ponto, porque o sócio majoritário do transporte nacional rodoviário é o combustível (50% a 60% do valor da viagem) Queremos uma mudança na política de preço dos combustíveis", disse Stringasci em entrevista à imprensa.

Entre as reivindicações estão o preço mínimo de frete e a implantação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), duas conquistas de 2018. A discussão sobre o preço mínimo do frete está parada no Supremo Tribunal Federal (STF) após um recurso do agronegócio,

A categoria espera ser ouvida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que recebeu o apoio da categoria nas eleições de 2018. "A categoria apoiou ele em 100% praticamente nas eleições ", lembra.

Segundo o presidente da ANTB, a greve já tem 70% de apoio da categoria e de parte da população, diante de preços em alta não apenas no diesel, mas em outros combustíveis, alimentos e outros itens que elevaram a inflação em 2020. "Eu creio que a greve pode ser igual a 2018. A população está aderindo bem, os pequenos produtores da agricultura familiar também. Se não for igual, eu creio que vai ser bem mais forte do que 2018", finalizou.

Fonte:

Deixe seu comentário