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CONTA NÃO FECHA

Colheita do soja em Lucas do Rio Verde fecha com quebra de 3% em relação a 2018

Com cotação baixa e redução na produtividade, agricultores de Lucas do Rio Verde precisam quebrar a cabeça para colocar as contas em dia

Publicado em 27/02/2019 às 01:04

Lucas do Rio Verde fecha colheita do soja para 2018/19, mas com quebra de 3% e preço da saca muito abaixo do esperado (Foto: Reprodução)

A safra do soja 2018/19 de Lucas do Rio Verde terminou oficialmente neste final de semana com uma média de 56,5 sacas por hectare, índice 3% inferior ao registrado na colheita anterior. Os números são melhores do que os apresentados no início da colheita, quando especialistas afirmavam que havia propriedades que estavam colhendo com até 20% de quebra em relação ao período  2017/2018.

Os principais motivos para esta queda produtiva, afirmam agrônomos, estão relacionados ao clima. Segundo eles, a safra passou por dois períodos muito distintos durante o processo de floração e maturação do soja na lavoura. Em um primeiro instante, houve um longo tempo de chuva e céu muito encoberto, dificultando o trabalho de fotossíntese das plantas e prejudicando o desenvolvimento dos grãos; já em dezembro ocorreu o inverso, ou seja, uma estiagem de diversos dias que aceleraram o processo de maturação dos grãos no pé, fazendo com que eles não ganhassem tanta massa quanto o espetado.

RECUPERAÇÃO – No entanto, o presidente do Sindicato dos Produtores  Rurais de Lucas do Rio Verde, Carlos Simon, destaca que os últimos dias, em algumas fazendas, foram mais generosos e houve uma recuperação da produtividade, em relação ao início do período de colheita: “alguns talhões daqui do município apresentaram queda bastante acentuada de produtividade, rendendo até menor de 50 sacas por hectare, mas agora para o final da safra algumas lavouras registraram 60 sc/hec. Isso reduz um pouco o impacto inicial, mais ainda há uma redução, embora pequena, da ordem de aproximadamente 3% no resultado final, se compararmos com o ano passado”.

MERCADO – A maior preocupação dos agricultores, agora, se torna o baixo valor oferecido pelo mercado para o soja. Ao longo das últimas semanas o preço médio para a saca de 60kg não tem passado dos R$ 65, caindo a R$ 60 em alguns momentos.

Simon também explica este problema: “Há muito produto para ser vendido agora, mas o preço ofertado pelo mercado hoje não compensa, está muito abaixo daquilo que se esperava quando o soja foi plantado. Aqui em Lucas do Rio Verde, por exemplo, os agricultores sempre trabalharam com a expectativa de vender a US$ 19, mas hoje não passamos dos US$ 16. Isso representa um prejuízo de 15% para a receita”.

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