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SINAL AMARELO

Excesso de tributos sobre etanol brasileiro estrangula setor, diz Feplana

Segundo a instituição, altos subsídios e baixa taxa de importação na origem, cria desvantagens frente ao etanol importado

Publicado em 16/02/2019 às 01:54

Baixa carga tributária e altos subsídios fazem produto estrangeiro chegar ao Brasil muito mais barato do que produto nacional, alerta entidade (Foto: Reprodução - Governo do Estado de São Paulo)

A FEPLANA - Federação dos Plantadores de Cana do Brasil – entregou hoje (sábado, 16) à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, documento contendo cálculos do setor sucroalcooeiro indicando que, caso nenhuma medida seja tomada, a concorrência com o etanol estrangeiro poderá estrangular o crescimento do setor no Brasil.

O alerta da instituição aponta que, devido às elevadas taxas tributárias cobradas pelo Governo Federal sobre o produto brasileiro e os incentivos dados à importação do etanol processado em outros países, a distorção no mercado interno está chegando a níveis perigosos.

O documento entregue a Tereza Cristina sugere que sejam adotadas medidas que desonerem o produto nacional, tornando-o mais competitivo para o mercado nacional e para a exportação. A maior preocupação dos representantes do setor diz respeito ao etanol produzido nos Estados Unidos, que entram no Brasil a preço muito mais baixo do que o praticado pelos produtores domésticos.

A entidade lembra que a elevada carga de subsídios ofertada aos produtores de milho dos EUA fazem com que o produto alcance um preço artificial no mercado internacional. No mesmo sentido, afirma, a prática já foi criticada por Europa e China, que impuseram ao produto norte-americano medias restritivas de importação e antidumping.

MATO GROSSO – Um dos estados mais afetados com a concorrência estrangeira é a indústria mato-grossense de etanol de milho. Desde que começou a operar, o setor tem apresentado índices de crescimento acima da média nacional e chamado a atenção de investidores, inclusive com a possibilidade de se construir um duto ligando as indústrias do estado aos principais mercados consumidores do Brasil (leia matéria aqui).

Além do mais, os produtores mato-grossenses trabalham com a mesma tecnologia e matéria-prima usada pelos EUA na fabricação do etanol, embora sem as mesmas condições de competitividade, desde a produção, passando pela distribuição, até a comercialização final. 

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