Os fabricantes de máquinas e implementos agrícolas no Brasil
estão otimistas quanto ao crescimento do mercado para 2019 em relação aos
resultados do ano anterior. Segundo cálculos feitos, o volume de negócios do
setor deve ficar entre 5% e 7% acima do registrado em 2018.
Os bons resultados, afirmam os empresários, serão garantidos
graças ao crescimento das vendas verificados entre janeiro e março desde ano,
quando a média de aumento na aquisição de novas máquinas foi 12% maior do que
no início do ano passado.
O grande redutor do impulso inicial de vendas, afirmam os
especialistas de mercado, é a falta de recursos financeiros à disposição dos
agricultores para que eles renovem o pátio de máquinas. Esta opinião é corroborada
por Roberto Petri, gerente de uma das maiores concessionárias de equipamentos
agrícolas do médio-norte de Mato Grosso.
“As incertezas do mercado repousam sobre qual será o volume de recursos disponíveis a partir do próximo Plano Safra e como será a nova taxa de juros praticada pelos bancos quanto ao custeio de novos equipamentos daqui para frente. Temos potencial para um crescimento de até 20% em nossas vendas em nossa região, mas para isso o agricultor precisa ter em mãos os recursos e as condições de quitar o financiamento sem onerar a produção de forma a inviabilizar sua própria remuneração no final de cada safra. Então, no final das contas, temos um quadro positivo, mas incerto, até o final do ano”, avalia Petri.
Ele ainda comenta que há outras formas de
financiamento que poderão compensar o arrefecimento do mercado até o final do
ano, como as linhas de crédito do FCO - Fundo de Financiamento do Centro-Oeste –
por exemplo, “mas estes recursos, embora com taxa de juros bastante atrativas,
são mais difíceis de serem conseguidas e o total de recursos disponíveis é
menor do que os do Moderfrota, por exemplo”, complementa.