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NÃO É BEM ASSIM

Ministra diz que Governo debate o fim do subsídio ao agronegócio brasileiro

Tereza Cristina enfatizou que redução da participação do governo no financiamento ao setor precisa ser gradual e muito bem planejada

Publicado em 11/02/2019 às 23:34
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Ministra lembrou que setor precisa de investimentos para continuar crescendo (Foto: Reprodução - Secretaria de Agricultura do Estado de Santa Catarina)

Em entrevista concedida ontem (segunda-feira, 11), a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, voltou a dizer que a proposta do Governo Federal em acabar com a política de subsídios agrícolas não será implantada de uma só vez, mas de maneira gradual e pensando em cada grupo que envolve o setor, suas consequências e formas de amenizar possíveis perdas.

Fazendo uma comparação à pecuária, ela disse que “mesmo que façamos o desmame, isso não pode ser feito de maneira radical, de forma abrupta e sem pensar nas consequências imediatas que a medida pode acarretar. Não podemos chegar para o agricultor, que espera pelo financiamento, e dizer: o dinheiro acabou! Isso seria desastroso”.

Ela lembrou que, para a última safra, foram destinados R$ 197 bilhões de recursos federais em crédito e argumentou que o Banco do Brasil ainda representa 46% da fonte de financiamentos ao setor agropecuário nacional. “Antes de falarmos em terminar com este tipo de prática, temos que oferecer aos agricultores e pecuaristas fontes alternativas de financiamento, pois sem estes recursos nosso agronegócio deixa de crescer (...) temos que lembrar que o agronegócio representa 20% de todo nosso PIB”.

Tereza Cristina comentou que existe um grupo de trabalho já em atividade que conta com a participação de especialistas do Banco Central, técnicos do Ministério da Agricultura e representantes do Ministério da Fazenda. Eles têm até maio, data da próxima reunião do CMN – Conselho Monetário Nacional, para apresentar as conclusões de seus estudos e apontar possíveis soluções para o tema.

MODERFROTA – A maior preocupação do setor agropecuário brasileiro tem sido quanto à política de financiamento à modernização da frota de máquinas e implementos agrícolas para as propriedades rurais.

Segundo Carlos Simon, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Lucas do Rio Verde (MT), “a maior preocupação do produtor, hoje, é com a Moderfrota. A cada ano que passa, a agricultura vai se tornando mais especializada e dependente de tecnologia própria para avançar em eficiência e produtividade. Esse tipo de investimento é caro para todos, do pequeno ao grande, e não pode ser bancado sozinho ou a juros altos, pois isso inviabilizaria a produtividade e geraria um problema extremamente grave de abastecimento em muito pouco tempo”.

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