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SOJA

Preço está perto da estabilidade, mas balança comercial sentirá as consequências

Marcado do câmbio estável favorece cálculos, mas fatores climáticos reduzirão receita nacional com exportações

Publicado em 19/02/2019 às 05:07
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Fatores climáticos atrapalharam produtividade brasileira e nível das exportações pode cair até 12%. (Foto: Reprodução - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

Especialistas em mercado externo de commodities têm afirmado, desde a semana passada, que o preço do soja brasileiro tem caminhado para uma estabilização. Segundo os analistas de mercado, há três fatores que indicam para onde caminhará o mercado da oleaginosa: o câmbio, o tamanho da safra e a queda de braço entre Estados Unidos e China. Em um panorama geral, há um caminho que está se clareando para os exportadores.

DÓLAR, PRODUÇÃO  E GUERRA - Em primeiro lugar, ao longo dos últimos quatro meses o dólar tem se mantido em uma faixa segura, entre R$ 3,70 e R$ 3,75, e o único fator que pode abrir o mercado para especulações e instabilidades são as discussões sobre as reformas propostas pelo Governo; o segundo fator é a quantidade de soja que os países produtores colocarão no mercado no primeiro semestre do ano, mas como os cálculos já bateram o martelo para algo em torno de 117 milhões de toneladas para o Brasil, 53 milhões de toneladas para a Argentina e 8,84 milhões de toneladas no Paraguai. Com estes números, o mercado passa a trabalhar com conceitos tangíveis, e; terceiro ponto são os ajustes que levarão Estados Unidos e China resolverem as discussões sobre a guerra comercial instalada desde o ano passado.

BALANÇA COMERCIAL – Como o soja sofreu redução em suas perspectivas para a safra de quase 10% e como também é o principal item da cesta de exportações do Brasil, as projeções são de que a Balança Comercial brasileira sentirá um leve movimento negativo este ano, em relação aos três últimos registros. A avaliação é da ANEC - Associação Nacional de Exportadores de Cereais, que projeta uma redução nas exportações de até 12% ou algo em torno de 9,8 milhões de toneladas, o que representa, apenas para o produto a granel, um desconto de quase R$ 11 bilhões para o PIB – Produto Interno Bruto.

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