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Safra 2017/18 registra crescimento, mas 2019 ainda é incógnita

Encerrada oficialmente na semana passada, safra 2017/2018 superou expectativas de analistas e agricultores de Mato Grosso.

Publicado em 19/09/2018 às 06:38

Para 2018/2019 especialistas dizem que dólar, diesel e clima deixam cenário agro incerto (Foto: Reprodução/Governo Federal)

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, no último dia 11 (terça-feira), os resultados do 12º. levantamento do ciclo da produção de grãos  no Brasil, referente ao período 2017/2018, e os números superaram as expectativas tanto dos analistas quanto dos agricultores.

Crescimento
Os dados relativos à área plantada apresentaram avanços em comparação ao período anterior na ordem de 1,4%, passando de 60,9 milhões de hectares para 61,7 milhões, com destaque para a cultura do soja, que ganhou em produtividade e em território: para a área cultivada houve acréscimo de  3,7% ocupando mais da metade (56,88%) de todas as parcelas cultiváveis do país. Quanto à produção da oleaginosa houve recorde de 119,3 milhões de toneladas, 4,6% mais do que a safra passada, aumentando a relação toneladas colhidas por hectare plantado em 0,9% (3,39 mil quilos/hec).

Mato Grosso
O estado mato-grossense manteve-se no topo do ranking nacional de produção de soja e foi responsável por 27,11% das terras destinadas ao seu plantio no ciclo 2017/2018, ocupando um total de 9,51 milhões de hectares cultivados, gerando 31,88 milhões de toneladas, com produtividade média de 3,5 mil kg/hec.

Esta tendência já vinha sendo prevista pelo Ministério da Agricultura e pelos principais canais de comercialização do soja com o exterior. Outro fator previsto foi a migração de culturas, pois graças ao embate comercial entre China e Estados Unidos fez com que o mercado asiático procurasse outras fontes para alimentar seu mercado consumidor interno da oleaginosa.

Além do soja, outra cultura que chamou a atenção por conta de seus resultados positivos foi o algodão. As leituras da Conab informam que o arbóreo ganhou 25% maior área de cultivada, atingindo a marca de 1,17 milhão de hectares de lavoura e produzindo 5 milhões de toneladas, com produtividade média de 4,26 mil quilos/hectare.

Cautela

Segundo Carlos Simon, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Lucas do Rio Verde, a safra 2017/2018 foi muito boa, “mas é necessário mais cautela antes de imaginarmos que estamos voando em céu de brigadeiro e que tudo irá se repetir no próximo ciclo. A atual política de reajuste do diesel, as expectativas de aumento no custo do frete, a natural volatilidade do câmbio por causa do período de troca de governo, a guerra comercial China X Estados Unidos e até mesmo as mudanças climáticas difíceis de serem previstas com segurança em um período tão elástico fazem acender um sinal amarelo na cabeça do produtor. Lógico que sempre esperamos pelo melhor, mas há muitos fatores que geram dúvidas e incertezas”.

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