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Ano atípico

Crise no setor agropecuário norte-americano é oportunidade para produtores de MT

A Missão USA 2019 da Aprosoja foi composta por 20 integrantes entre produtores de soja e milho e colaboradores da entidade.

Publicado em 04/09/2019 às 00:49
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A Missão USA 2019 da Aprosoja foi composta por 20 integrantes entre produtores de soja e milho e colaboradores da entidade. (Foto: Ascom/Aprosoja)

Ano atípico para o setor agropecuário norte-americano inspirou os integrantes da Missão USA 2019 da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) a ter otimismo quanto ao cenário mundial para os grãos brasileiros. Relatos de atraso no plantio em função de muita chuva no início do período e, ainda, estiagem durante o desenvolvimento das lavouras, diminuição da área plantada e a guerra comercial entre o país e a China têm provocado desânimo ao produtor americano. Do outro lado, é expressiva a expectativa de ocupar mercados que eram americanos pelo produto brasileiro, conforme os participantes.

"Se houver neve ou geada, a qualidade de grão tende a cair, o que favorece o mercado brasileiro, que tem uma soja de boa qualidade neste ano, e vai conseguir fornecê-la para os importadores que preferirem essa melhor qualidade. Quanto ao milho, é a mesma coisa. Se tiver neve, mesmo com a lavoura pronta, também reduz qualidade do grão, o que vai fazer com que vendam todo o milho antes da soja" – disse o diretor administrativo da Aprosoja, , depois de acompanhar os principais roteiros propostos para a Missão USA 2019.

Menos 10% da área prevista para a soja foram plantados no período correto nos Estados Unidos. O atraso no plantio ocorreu em virtude do prolongamento do período chuvoso no país, que perdurou até junho. Mais tarde, uma estiagem no meio oeste também prejudicou o crescimento das plantas e, na atualidade, novas chuvas provocaram encharcamento de diversas áreas.

"Um dos únicos pontos negativos para, nós brasileiros, é que a guerra comercial fez com que os americanos guardassem a soja, estima-se que o país tenha estoques acima de 25 milhões de toneladas. Quando houver o acordo EUA e China essa soja será ofertada no mercado. “O mercado já sabe disso. Assim, mesmo com a queda na safra americana, o mercado não tem reagido muito"– ponderou o diretor.

Outra informação fornecida por produtores americanos aos integrantes da Missão é o interesse do país na ampliação das plantas de suínos para abastecimento do mercado chinês.

"Eles estão aumentando as matrizes de porcos para exportar para a China. Para nossa agricultura, isso é positivo também porque eles diminuem as exportações e aumentam o consumo interno deles, o que faz que tenhamos aumento no mercado de exportação de milho" – esclareceu Lucas Beber.


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