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Dia dos Professores: “Eu amo o que faço"

Professoras comentam que amor à educação é o que mantém firme a motivação para permanecer por anos em sala de aula.

Publicado em 11/10/2018 às 21:34
Atualizado em

Professora Maria Cíntia de Oliveira e sua turma (Foto: José Boas/Portal da Cidade)

Entre hoje (12) e a próxima segunda-feira (15), o Portal da Cidade publicará uma série de três matérias em comemoração ao Dia dos Professores.

Nesta primeira, entrevistamos duas professoras que declaram seu amor pela profissão que escolheram, mesmo admitindo haver dificuldades, percalços e a falta de reconhecimento por parte do Estado e de parte da sociedade.

O Brasil conta, segundo o último censo educacional feito pelo Ministério da Educação, com 2,2 milhões de professores atuando na educação básica em todo o Território Nacional. Ainda segundo o mesmo levantamento, estes profissionais espalhados pelo País vivem realidades extremamente distintas umas das outras, pois, se em algumas regiões os professores têm acesso a material didático de última geração, condições de trabalho dignas, acesso a cursos de graduação e pós-graduação em diversas modalidades, bibliotecas atualizadas e acesso à internet dentro de sala de aula, em outas a realidade é diametralmente oposta. A despeito destas disparidades, todos se empenham em levar o conhecimento necessário aos seus alunos para que se tornem profissionais e cidadãos no futuro.

Encontramos a professora Maria Cíntia de Oliveira (carinhosamente chamada por todos de 'Prof.Cíntia') dentro de uma sala de aula para crianças em alfabetização. Formada em Letras e professora há 11 anos, ela comentou com nossa reportagem que, para ela, ser professora foi uma questão natural, por ver e seguir os exemplos de sua mãe.

Professora Maria Cíntia de Oliveira (Foto: Portal da Cidade)

“Eu me tornei professora por influência de minha mãe, que também é professora. Para mim foi um processo natural: o primeiro presente que ganhei e do qual me lembro foi uma lousa, cresci vendo minha mãe trabalhar, vivo desde sempre dentro do ambiente escolar. Sequer foi uma escolha porque eu nunca precisei escolher entre a sala de aula ou qualquer outra coisa. Eu tenho um amor muito grande por minha profissão e acredito que, embora não haja o reconhecimento ou a valorização em muitos momentos, ainda é muito gratificante ser professora e saber que dei minha contribuição, mesmo que pequena, à formação destas crianças”, conta.

Anair Bongiovani, é professora há 28 anos e concorda com sua colega no tocante ao prazer em lecionar e na relevância social dos professores. Além de lecionar, Anair também é pesquisadora e escritora, tendo publicado recentemente um livro em que apresenta os dados de sua pesquisa sobre a realidade vivida pelos professores.

Professora Anair Bongiovani (Foto: Portal da Cidade)

Segundo suas percepções, “o professor vive da crença que ele pode ajudar a melhorar o mundo através da transmissão do conhecimento e da construção do espírito de cidadania em seus alunos. É lógico que sabemos que não conseguimos atingir a todos de maneira uniforme, mas entendemos que, se houver alguma melhora, então já aconteceu avanço e isso já vai fazer a diferença tanto na vida do aluno quanto na vida da sociedade na qual este aluno estiver inserido. É isso que me inspira”.

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