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IMPASSE

Espaço do Colégio Militar é amplamente debatido na câmara de Lucas do Rio Verde

Diversas propostas surgiram, desde o uso compartilhado do prédio onde funciona o CEJA, reativação da escola do Campinho Verde até a locação de prédio

Publicado em 06/11/2018 às 01:30
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Sem um novo espaço, aumento no efetivo de alunos do Colégio Militar de Lucas do Rio Verde fica impossível, diz direção da unidade (Foto: José Boas - Portal da Cidade)

Pais de alunos do Colégio Militar Tiradentes de Lucas do Rio Verde estiveram na noite desta segunda-feira (05), na Câmara de Vereadores para debater, com autoridades, a solução para o impasse que vem se formando sobre o atual prédio ocupado pela unidade e uma eventual mudança para outro local. A demanda tem sido uma iniciativa dos pais dos alunos matriculados e conta com o apoio de outros segmentos da sociedade luverdense.

Entre as propostas está a de transferir os alunos do Colégio Militar para o prédio onde funciona atualmente o Centro de Educação de Jovens e Adultos – CEJA – mas o diretor Wellington Zarelli se põe contra a ideia, questionando:  “Pra onde vamos? Onde vou colocar mais de mil alunos? (...) Cria-se uma situação desagradável entre as duas comunidades. Eu sou a favor do Colégio Militar, mas que ele conquiste um espaço como nós conquistamos. (...) Nós temos que lutar pra construir um espaço. Só assim a gente vai poder mostrar para nossos filhos, nossos alunos como sermos dignos, pois o cidadão luverdense conquista o que tem de maneira respeitosa, respeitando os outros”.

Outras propostas levantadas para a solução do problema são; a reativação das dependências das escola municipal da comunidade Campinho Verde ou até mesmo a locação de um espaço recém construído pela faculdade La Salle no Bairro Parque da Emas. Neste sentido, reiterou o presidente da câmara de vereadores Jiloir Pelicioli (Mano) à nossa reportagem: “como eu disse, não há como se fazer um milagre. Não existe solução imediata para este problema (...) recentemente recebemos a notícia aqui que o Poder Executivo não tem recursos para novos investimentos; usar o espaço da Faculdade La Salle a um custo de até R$ 40 mil ao mês, mas voltamos à questão da falta de recursos (...) assim, se pensamos para uma solução eficiente e rápida, me parece mais sensato pensarmos no Campinho Verde ou aguardarmos mais um tempo (...) mas por quanto tempo, não sei”.

Como resposta à proposta, o Coronel Secchi, diretor da unidade de ensino, avaliou que há dois problemas: o primeiro diz respeito ao espaço atual que não permite ampliação do número de matriculados na instituição, e; quanto a proposta de mudança para a comunidade Campinho Verde, ele afirma que tanto o Comando da Polícia Militar quanto uma parcela significativa dos pais dos alunos do Colégio Militar estão relutantes.

“Tudo vai depender de algumas consultas, mas a proposta inicialmente não foi aceita e os próprios pais dos alunos não chegaram a um acordo sobre isso. Vamos escutar todas as partes envolvidas, isso é o mais importante. Há uma mobilização e, creio, esse movimento servirá para ajudar. Quanto a questão da comunidade Campinho Verde, vamos passar para o Comando Geral, pois não decidimos nada sozinhos, de maneira autocrática. Fazemos parte de uma comunidade escolar que precisa ser ouvida”, ponderou o diretor.

Os maiores entraves à utilização do colégio da comunidade Campinho Verde, lembra o secretário Municipal de Segurança Pública, Alexandre William de Andrade, é a distância do centro da cidade. Ele lembrou que, durante os debates sobre a instalação do Colégio Militar em Lucas do Rio Verde, o espaço foi a primeira opção que a Prefeitura apresentou ao Comando da PM, mas por questões de logística foi refutada. Tudo dependerá, segundo ele, de uma reunião marcada para a próxima sexta-feira (09) para tratar do tema.

"O futuro do Colégio Militar teremos que definir nessa próxima sexta-feira, porque nossas estimativas indicam que há mais de mil alunos querendo estudar lá e dar uma resposta efetiva a todos”, comentou o secretário.


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