Pais de alunos do Colégio Militar Tiradentes de Lucas do Rio Verde
estiveram na noite desta segunda-feira (05), na Câmara de Vereadores para debater,
com autoridades, a solução para o impasse que vem se formando sobre o atual prédio ocupado pela unidade e uma
eventual mudança para outro local. A demanda tem sido uma iniciativa dos pais
dos alunos matriculados e conta com o apoio de outros segmentos da sociedade
luverdense.
Entre as propostas está a de transferir os alunos do Colégio Militar
para o prédio onde funciona atualmente o Centro de Educação de Jovens e
Adultos – CEJA – mas o diretor Wellington Zarelli se põe contra a ideia,
questionando: “Pra onde vamos? Onde
vou colocar mais de mil alunos? (...) Cria-se uma situação desagradável entre
as duas comunidades. Eu sou a favor do Colégio Militar, mas que ele conquiste
um espaço como nós conquistamos. (...) Nós temos que lutar pra construir um
espaço. Só assim a gente vai poder mostrar para nossos filhos, nossos alunos
como sermos dignos, pois o cidadão luverdense conquista o que tem de maneira
respeitosa, respeitando os outros”.
Outras propostas levantadas para a solução do problema são; a reativação
das dependências das escola municipal da comunidade Campinho Verde ou até mesmo
a locação de um espaço recém construído pela faculdade La Salle no Bairro Parque da Emas. Neste sentido,
reiterou o presidente da câmara de vereadores Jiloir Pelicioli (Mano) à nossa reportagem: “como eu
disse, não há como se fazer um milagre. Não existe solução imediata para este
problema (...) recentemente recebemos a notícia aqui que o Poder Executivo não
tem recursos para novos investimentos; usar o espaço da Faculdade La Salle a um
custo de até R$ 40 mil ao mês, mas voltamos à questão da falta de recursos
(...) assim, se pensamos para uma solução eficiente e rápida, me parece mais
sensato pensarmos no Campinho Verde ou aguardarmos mais um tempo (...) mas por
quanto tempo, não sei”.
Como resposta à proposta, o Coronel Secchi, diretor da unidade de ensino, avaliou
que há dois problemas: o primeiro diz respeito ao espaço atual que não permite
ampliação do número de matriculados na instituição, e; quanto a proposta de
mudança para a comunidade Campinho Verde, ele afirma que tanto o Comando da
Polícia Militar quanto uma parcela significativa dos pais dos alunos do Colégio
Militar estão relutantes.
“Tudo vai depender de algumas consultas, mas a proposta inicialmente não
foi aceita e os próprios pais dos alunos não chegaram a um acordo sobre isso.
Vamos escutar todas as partes envolvidas, isso é o mais importante. Há uma
mobilização e, creio, esse movimento servirá para ajudar. Quanto a questão da
comunidade Campinho Verde, vamos passar para o Comando Geral, pois não
decidimos nada sozinhos, de maneira autocrática. Fazemos parte de uma
comunidade escolar que precisa ser ouvida”, ponderou o diretor.
Os maiores entraves à utilização do colégio da comunidade Campinho Verde, lembra o secretário Municipal de Segurança Pública, Alexandre William de Andrade, é a distância do centro da cidade. Ele lembrou que, durante os debates sobre a instalação do Colégio Militar em Lucas do Rio Verde, o espaço foi a primeira opção que a Prefeitura apresentou ao Comando da PM, mas por questões de logística foi refutada. Tudo dependerá, segundo ele, de uma reunião marcada para a próxima sexta-feira (09) para tratar do tema.
"O futuro do Colégio Militar teremos que definir nessa próxima sexta-feira, porque nossas estimativas indicam que há mais de mil alunos querendo estudar lá e dar uma resposta efetiva a todos”, comentou o secretário.