A fisioterapia abrange muitas áreas do corpo humano e extensões musculares muitas vezes desconhecidas e a região pélvica ou íntima é uma delas. Para aqueles que realizam a fisioterapia pélvica conseguem tratar e prevenir distúrbios cinético-funcionais, disfunções pélvicas, anorretais, urinárias e sexuais que podem ser praticadas por homens, mulheres e até crianças.
Entretanto os benefícios para as mulheres são ainda maiores, pois conforme a fisioterapeuta Camila Bauer, cerca de 50% das mulheres terão incontinência em alguma fase da vida e cerca de 40% das gestantes apresentam um ou mais episódios de incontinência durante a gestação ou logo após o parto.
“Essa prática trata principalmente a prevenção da incontinência urinária e fecal. Pois essa incontinência acaba prejudicando a vida da mulher, pois ela urina ou defeca de forma involuntária e esse tratamento nada mais é do que o fortalecimento muscular da região pélvica evitando assim vários problemas como a chamada ‘bexiga caída’”, explica a profissional que atual em Lucas do Rio Verde.
Musculatura íntima
Ainda dentro do tratamento, a mulher consegue fortalecer a musculatura do assoalho pélvico que é formado por diferentes planos musculares. O mais superficial é responsável pela função sexual, enquanto o mais profundo é responsável pela continência urinária e fecal e o suporte dos órgãos pélvicos.
Conforme a fisioterapeuta, muitas mulheres podem sofrer dor ou desconforto durante as relações sexuais e achar normal, porém há muitos fatores que podem contribuir para essa dor, entre elas a fraqueza dos músculos da região, lesões cutâneas, diminuição do fluxo sanguíneo, problemas das articulações, entre outras.
“Mesmo com a evolução que vivemos, ainda temos muitas mulheres que sentem vergonha de expor a vida sexual, não sabem explicar o que sentem durante a relação e muito menos sabem o que gostariam no ato sexual. Isso se dá principalmente porque elas foram criadas cheias de regras e tabus e a fisioterapia pélvica proporciona o autoconhecimento, a identificação do corpo, do prazer, daquilo que é desconforto e causadores de dores”, explica Camila.
Pré-parto e pós-parto
Na gestação a mulher passa por grandes mudanças corporais e psicológicas e apesar de natural, esse estado exige cuidado. Camila explica que hoje já é comprovado que os exercícios para a musculatura do assoalho pélvico durante e após a gravidez são indispensáveis. Quando ele está fraco, os ligamentos são lesionados e falham em sua função de sustentação.
“Quando há o fortalecimento da musculatura ele contribui muito o parto natural e até mesmo para o pós-parto, pois após carregar nove meses o bebê a região fica enfraquecida, com a prática a mulher evita que haja incontinência ou dores pós-parto”, informa a fisioterapeuta.
Camila dos Santos Bauer
Pós-Graduanda em Fisioterapia Pélvica
Atendimentos clínicos na Clínica Mix da Saúde Lucas do Rio Verde - MT
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