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CUIDADO!

Estelionato volta a preocupar Polícia Civil de Lucas do Rio Verde. Veja os casos

Após queda em novembro, casos voltam a crescer no final do ano e delegado chama atenção para cuidados básicos

Publicado em 06/12/2018 às 21:17
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Delegado de Polícia de Lucas do Rio Verde alerta para ligações suspeitas ou ofertas muito tentadoras (Foto: Reprodução)

Em entrevista coletiva concedida no último mês de outubro, o delegado de Polícia Civil de Lucas do Rio Verde, Dr. Daniel Nery, disse que estava preocupado com o elevado número de casos de estelionato que andavam ocorrendo na cidade, alertando a população para mensagens de telefone, promessas e propostas muito tentadoras, mas que acabavam se mostrando o verdadeiro “conto do vigário”.

O alerta parece ter surtido efeito para o mês seguinte, pois o número de Boletins de Ocorrência denunciando a prática foi reduzido em 80%, segundo informações levantadas pelo Portal da Cidade junto aos órgãos de segurança pública do estado e do município.  No entanto, nos últimos dias, outros eventos fizeram o alerta da polícia voltar a acender.

PASSAGEM AÉREA – Em um dos casos, uma senhora, moradora do bairro Jaime Setti Fugi, recebeu uma mensagem via SMS dando conta da compra de uma passagem aérea feita por ela em uma empresa aérea. Desconfiada, ela procurou a companhia de aviação para esclarecer o fato e foi descoberto o nome do homem que retirou a passagem. De posse das informações, a vítima procurou a Delegacia de Polícia para lavrar o Boletim de Ocorrência.

PRIMO EM APUROS – Outro morador de Lucas do Rio Verde recebeu a ligação telefônica de um suposto primo que viajava de caminhão. Na ligação, o golpista dizia que estava viajando de caminhão quando o veículo apresentou problemas mecânicos em Nova Mutum e precisava pagar uma peça e os serviços do mecânico. Para isso, pedia que a vítima depositasse R$ 1.450,00 em duas contas diferentes para resolver o problema.

O rapaz fez os depósitos, mas ao falar com parentes seus, descobriu que havia caído em um golpe chamado “Benção, madrinha”, onde o falsário se faz passar por um parente e pede socorro, informando estar em apuros financeiros.

FALSA CONSULTORIA – Uma empresária da cidade perdeu R$ 22 mil para criminosos que se fizeram passar por uma empresa especializada em consultoria jurídica. Os golpistas afirmavam falar em nome da multinacional Google, empresa contratada pela vítima para prestar serviços de marketing de sua loja.

Os seguidos telefonemas diziam que sua empresa estava passando por problemas junto a multinacional e que, para evitar problemas, eram necessários alguns ajustes e o pagamentos de taxas e obrigações que, posteriormente, seriam ressarcidos. Ela somente suspeitou de ser vítima de estelionato quando lhe foi pedido outra soma em dinheiro para que fosse paga a taxa de transferência para a devolução do dinheiro.

CARRO FANTASMA – Outra vítima foi um homem que fez a compra de um veículo através de um site de leilões. Na primeira aquisição tudo deu certo e a transação foi efetuada com sucesso. Já na compra de um segundo carro, apesar de ter feito todos os depósitos e seguido todos os trâmites idênticos aos da primeira compra, o comprador achou estranha a demora para a entrega do veículo.

Em busca de informações, ligou para um dos telefones indicados no site de leilões e lhe foi informado que havia ocorrido um problema burocrático que já estava sendo resolvido, mas o carro também não chegou. Insistindo, o homem tentou mais uma vez ligar para o mesmo número, mas já não foi mais atendido por ninguém. Seu prejuízo, relata o Boletim de Ocorrência, foi de R$ 92 mil.

ALERTA – O delegado chama a atenção para os cuidados necessários quando a pessoa for abordada por ligações inesperadas, ofertas muito tentadoras ou negócios fáceis.

Em sua opinião, as compras pela internet precisam de especial atenção: “Me chama mais a atenção as compras pela internet. As pessoas precisam tomar muito cuidado para ter certeza que estão conversando com gente de confiança, principalmente sites de compra e venda, onde não há a certeza da existência do produto em oferta ou quando o suposto vendedor não é obrigado a fornecer dados confiáveis sobre si ou sobre o que diz vender”, disse o delegado.

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