Na noite de ontem (04), conforme noticiou o Portal da
Cidade, uma mulher foi levada à Delegacia de Polícia em Lucas do Rio Verde
acusada de abandonar suas quatro filhas e ameaça-las de morte.
Nossa equipe de reportagem procurou o Conselho Tutelar do
município para saber mais da situação e verificar sob quais condições se
desenrolaram os fatos, uma vez que o Boletim de Ocorrência relata que, por
diversas vezes, os agentes da Polícia Militar buscaram o contato com o órgão de
proteção, mas não obtiveram êxito.
SINAL RUIM - Quem
atendeu nossa reportagem foi Marcela de Carvalho, conselheira de plantão.
Segundo ela, o fato ocorreu próximo as 19h, mas devido a problemas de sinal da
rede de telefonia móvel em determinados pontos da cidade, somente duas horas
depois dos acontecimentos foi possível ao Conselho Tutela tomar conhecimento
dos acontecimentos.
“Tomamos conhecimento dos fatos graças ao apoio de outras
pessoas que nos avisaram, pois em determinados pontos da cidade, o sinal de
telefonia móvel oferecido pela empresa responsável pela cobertura é
praticamente inexistente em determinados momentos. Assim que soubemos do caso
já nos mobilizamos para que as medidas necessárias fossem tomadas”, ressaltou a
conselheira.
CASO ANTIGO –
Marcela conta que, assim que encontraram as crianças abrigadas na Casa Lar em
regime extraordinário, ouviram seus relatos para futuras medidas. Ela conta que
conhecem o caso, pois a família já é acompanhada há algum tempo pelo Conselho
Tutelar.
“Nós já conhecemos o caso dessa família e já tivemos outros
episódios anteriormente. Hoje pela manhã a mãe das meninas já procurou o
Conselho Tutelar, acompanhada de seu esposo, afirmando que não disse nada
daquilo que está relatado no Boletim de Ocorrência, que não abre mão da guarda
de suas filhas e que irá lutar para permanecer com elas”, disse.
Sobre o estado de saúde da mãe, Marcela comentou que, a uma primeira vista, a mulher apresenta sinais de que não está bem e que um acompanhamento mais próximo pode ser recomendado: “dada a experiência que angariamos nesta função, acabamos percebendo sinais que indicam que a pessoa precisa de apoio e acompanhamento. Esta mãe apresenta estes sinais, tanto físicos quando emocionais”.