O Ministério Público do Estado de Goiás – MPE-GO – através do
GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, abriu
investigação para verificar um suposto esquema de compra e venda de sementes
para propriedades rurais nos estados de Goiás, Mato Grosso e São Paulo. Segundo
as denúncias colhidas pela operação batizada de Gran Família, um grupo formado
por uma família de produtores de sementes com negócios nos três estados forjava
vendas através de notas fiscais falsas e comercializava as cargas com preço
abaixo do mercado, causando concorrência desleal com outras empresas do setor.
Segundo informações reveladas através dos primeiros indícios
colhidos após o cumprimento de mandados de busca e apreensão em diversas
cidades goianas, mato-grossenses e paulistas, os envolvidos podem responder
pelos crimes de falsidade ideológica e material, além de sonegação fiscal.
Apenas em Mato Grosso, há a suspeita de que uma das empresas
usadas como fachada para a realização dos negócios movimentou, entre 2013 e
2014, aproximadamente R$ 100 milhões. Estes valores, afirmam os membros da
investigação, foram remetidos diretamente para o grupo que comandava o esquema
em Goiás.
Seguindo os apontamentos da Secretaria de Fazenda goiana,
que também ajuda na apuração das provas, foi determinado pela Justiça que
fossem bloqueados R$ 35 milhões do patrimônio dos acusados.
LUCAS DO RIO VERDE
– Chegou a circular em alguns veículos de imprensa que empresários de Lucas do
Rio Verde estariam envolvidos no esquema. Porém, em contato com o Promotor Daniel
Lima Pessoa do GAECO-GO de Luziânia, titular do caso, o Portal da Cidade
recebeu a informação de que a informação não procede.
Falando pela primeira vez à imprensa sobre o caso, o promotor afirmou que “não há qualquer informação a esse respeito que
tenha sido divulgada pelo grupo de pessoas e órgãos responsáveis pelo andamento
das investigações. O que temos até o presente momento é que há indícios de
movimentação fraudulenta de grãos produzidos no estado de Goiás e
comercializados com notas fiscais emitidas por empresas de outros estados. Estamos
constatando que estas empresas têm constituição fraudulenta e que, além disso,
há crimes contra a receita e de falsidade ideológica. Demais detalhes ainda
precisam ser apurados”.