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INVESTIGAÇÃO

Operação Gran Família investiga venda fraudulenta de sementes em Mato Grosso

Empresa mato-grossense teria realizado transações em sementes sem nota fiscal na ordem de R$ 100 milhões em dois anos

Publicado em 28/02/2019 às 01:30
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Segundo promotor que dirige as investigações, Dr. Daniel Pessoa, "há fortes indícios de crimes como constituição fraudulenta de empresas, contra a receita e de falsidade ideológica" (Foto: Reprodução)

O Ministério Público do Estado de Goiás – MPE-GO – através do GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, abriu investigação para verificar um suposto esquema de compra e venda de sementes para propriedades rurais nos estados de Goiás, Mato Grosso e São Paulo. Segundo as denúncias colhidas pela operação batizada de Gran Família, um grupo formado por uma família de produtores de sementes com negócios nos três estados forjava vendas através de notas fiscais falsas e comercializava as cargas com preço abaixo do mercado, causando concorrência desleal com outras empresas do setor.

Segundo informações reveladas através dos primeiros indícios colhidos após o cumprimento de mandados de busca e apreensão em diversas cidades goianas, mato-grossenses e paulistas, os envolvidos podem responder pelos crimes de falsidade ideológica e material, além de sonegação fiscal.

Apenas em Mato Grosso, há a suspeita de que uma das empresas usadas como fachada para a realização dos negócios movimentou, entre 2013 e 2014, aproximadamente R$ 100 milhões. Estes valores, afirmam os membros da investigação, foram remetidos diretamente para o grupo que comandava o esquema em Goiás.

Seguindo os apontamentos da Secretaria de Fazenda goiana, que também ajuda na apuração das provas, foi determinado pela Justiça que fossem bloqueados R$ 35 milhões do patrimônio dos acusados.

LUCAS DO RIO VERDE – Chegou a circular em alguns veículos de imprensa que empresários de Lucas do Rio Verde estariam envolvidos no esquema. Porém, em contato com o Promotor Daniel Lima Pessoa do GAECO-GO de Luziânia, titular do caso, o Portal da Cidade recebeu a informação de que a informação não procede.

Falando pela primeira vez à imprensa sobre o caso, o promotor afirmou que “não há qualquer informação a esse respeito que tenha sido divulgada pelo grupo de pessoas e órgãos responsáveis pelo andamento das investigações. O que temos até o presente momento é que há indícios de movimentação fraudulenta de grãos produzidos no estado de Goiás e comercializados com notas fiscais emitidas por empresas de outros estados. Estamos constatando que estas empresas têm constituição fraudulenta e que, além disso, há crimes contra a receita e de falsidade ideológica. Demais detalhes ainda precisam ser apurados”.

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