Uma onda de crimes cibernéticos ocorridos em Lucas do Rio Verde nos últimos 30 dias tem chamado a atenção da Polícia Civil de Mato Grosso. Segundo dados divulgados na tarde desta terça-feira pela Delegacia da cidade, ao menos 50 boletins de ocorrência foram lavrados relatando golpes, tentativas de estelionato e extorsão mediante fraude e ameaça.
Na maior parte dos casos os criminosos usam as redes sociais das vítimas para descobrir informações pessoais e entrar em contato. O tipo de abordagem varia conforme o golpe que se pretende aplicar.
“Caso o criminoso queira aplicar um golpe induzindo a vítima a fazer depósito bancário em conta corrente, ele se aproximará tentando apresentar alguma intimidade, falando da família, que precisa de ajuda, que está cobrando o aluguel atrasado [...] já se o bandido quer extorquir a vítima, buscará apresentar algum tipo de material, geralmente fraudulento, que coloque a reputação de uma ou mais pessoas sob risco. Nestes casos, eles costumam chantagear o interlocutor, dizendo que, caso determinada quantia em dinheiro não seja depositada em uma conta corrente específica, este material será exibido em toda a internet [...] de uma ou outra forma, as duas modalidades configuram crimes”, explica o Delegado Daniel Santos Nery.
Como reagir
A primeira medida que o Delegado ensina a tomar é desconfiar de números estranhos, não cadastrados ou completamente desconhecidos; pede também que a vítima jamais entre em confronto verbal com o criminoso; sugere ainda que jamais se deposite qualquer soma em dinheiro na conta corrente indicada pelo golpista, e; em seguida, que leve todo o material à Polícia, faça o boletim de ocorrência e, apenas depois, bloqueie o número de telefone do bandido.
“A Delegacia tem uma central de inteligência que trabalha especificamente com este tipo de crime. Pedimos a todas as pessoas que se sentirem coagidas por ações desse tipo que procurem a Polícia, relatem os casos, prestem o maior número de informações possíveis para que sejam usadas posteriormente como provas do crime [...] estamos de olho em todos estes golpes e nossos especialistas já colhem indícios sobre os responsáveis”, concluiu ele.