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CASO BATTISTI

Saiba como passagem de Cesare Battisti por Lucas do Rio Verde ajudou na captura

Terrorista foi preso em um pequeno hotel em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e extraditado para a Itália

Publicado em 16/01/2019 às 02:41
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Cesare Battisti era considerado foragido da polícia no Brasil desde dezembro do ano passado (Foto: Reprodução - EBC - Agência Brasil)

Segundo o jornal italiano Il Messaggero, autoridades italianas reconstituíram o trajeto de fuga do terrorista italiano Cesare Battisti de São Paulo até Santa Cruz de La Sierra - Bolívia, onde foi preso e extraditado para a Itália.

Após rumores de que sua prisão seria decretada no Brasil pelo Governo Federal, Cesare Battisti fugiu novamente, dessa vez para a Bolívia. Em sua fuga teria feito contato com algumas pessoas usando a internet na região de Lucas do Rio Verde, na rota entre o aeroporto João Figueiredo, de Sinop, e Cáceres, por onde possivelmente entrou no país vizinho.

REDE SOB INVESTIGAÇÃO - Graças ao rastreamento de dados suspeitos por telefone e por canais das redes sociais, os serviços de inteligência conseguiram rastrear contatos de Battisti com comparsas que o ajudaram na fuga em território brasileiro. O primeiro contato acontece em São Paulo-SP, no dia 16 de novembro do ano passado, logo em seguida há outro contato, já feito em Sinop, mais um em Lucas do Rio Verde e um outro em Cáceres, próximo da fronteira com a Bolívia. Os contatos permanecem em San Matías, do outro lado da fronteira.

A Polícia de Milão, que filtrou as conversas e separou os dados, indica que a rede de contatos feita por ele o ligam ao ex-senador Eduardo Suplicy (PT), a um sindicalista, um historiador e a uma socióloga. Segundo o jornal italiano, os investigadores agora querem saber qual é o teor dessas conversas e se alguma destas pessoas auxiliou Battisti na fuga.

Battisti foi encontrado escondido em um pequeno hotel de Santa Cruz de La Sierra, onde ficou seus últimos dias. No sábado (12) as autoridades bolivianas o mandaram de volta para a Itália.

ENTENDA O CASO -  Cesare Battisti é acusado, entre outros crimes, de ter matado 4 pessoas enquanto agia como integrante dos PAC – Proletários Armados pelo Comunismo, entre 1977 e 1979. Por estes crimes, foi julgado à revelia e condenado à prisão perpétua, mas antes mesmo de iniciar a pena, fugiu para o México, depois para a França, sendo encontrado no Brasil em 2007.

Após ficar sob custódia no presídio da Papuda, em Brasília, o terrorista foi condenado à extradição por decisão do STF – Supremo Tribunal Federal – mas o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o reconheceu como refugiado político.

Em 2018, o Governo Federal, em transição de Michel Temer (MDB) para Jair Bolsonaro, (PSL), começou a rever seu posicionamento quanto ao caso e, temendo ser preso, Battisti tentou fugir, mas sem sucesso.

As informações são do jornal italiano Il Messagero

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