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ELEIÇÕES 2018

9 partidos políticos com representação em Lucas do Rio Verde podem ser extintos

No total, 15 das 35 siglas partidárias existentes no Brasil deixarão de receber recursos do Fundo Partidário e podem ser extintas

Publicado em 28/10/2018 às 01:33
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Reforma política reduzirá o número de agremiações partidárias no Brasil (Foto: Reprodução)

Com a reforma constitucional votada pelo Congresso Nacional em 2017, muitas das 35 legendas partidárias existentes no Brasil correm o risco de desaparecer do mapa político nacional. A redução acontece porque, dentre as medidas exigidas no novo sistema de representatividade, a Lei exige que as siglas cumpram: a cláusula de desempenho; o fundo partidário; a possibilidade do candidato se autofinanciar, e; a autorização para a publicidade na internet, mesmo que obedecendo alguns critérios.

Não atingiram a exigência da cláusula de barreira 15 partidos, sendo que 9 deles têm representação em Lucas do Rio Verde, conforme a base de dados atualizada do Cartório da 21ª. Zona Eleitoral de Mato Grosso: DC, PRTB, PHS, PMN, PTC, PRP, Patriota, PCdoB e Avante. A partir de 2019 estas siglas não contarão mais com tempo de mídia e não receberão recursos do Fundo Partidário.

 Na avaliação de Paulo Nunes (PDT), “a redução fará com que as siglas restantes se fortaleçam e comecem a trabalhar para que haja uma verdadeira concentração ideológica dentro dos partidos. Na minha avaliação ainda sobrarão muitas siglas e seria saudável para a democracia que houvesse, no máximo 5 partidos ou até mesmo 2, como já tivemos na maior parte de nossa História como País. Democracia não significa um monte de partidos lutando pelo poder, mas grupos coerentes – sejam eles dois, três ou quatro – capazes de apresentar propostas igualmente coerentes à população”.

Esta também é a visão de Edênio Bassani, empresário, que até pouco tempo foi presidente do PHS municipal. Segundo ele, “hoje temos pequenos partidos que se alugam para favorecer grupos de interesse; que se organizam e se agrupam sem nenhum tipo de coerência programática e que apenas pulverizam um debate que deveria ser mais coeso e voltado ao bem da população. E fim de muitos destes partidos fará um grande bem à democracia e ao direito de escolha do cidadão”.

FUNDO PARTIDÁRIO -
Para o sociólogo Sonir Boaskevicz o elevado número de partidos, no entanto, não é o maior problema. Para ele “em última análise partidos políticos são clubes ideológicos onde pessoas que comungam da mesma opinião se reúnem para apontar projetos e soluções à sociedade na qual estão inseridos. Como qualquer clube, seria justo que seus associados o mantivessem pagando mensalidades ou coisa parecida. O maior problema reside na distribuição de dinheiro público a estes grupos; dinheiro do contribuinte que poderia ser aplicado em coisas mais necessárias do que a manutenção de partidos sem expressão local ou nacional. Somente este ano estes grupos receberam R$ 1,7 Bilhão (...) e cada dono de um desses partidos de aluguel leva uma parte desses recursos (...) é praticamente enriquecimento ilícito, pois nenhuma dessas agremiações segue o que determina a Lei Eleitoral que rege a existência dos partidos no Brasil”. 


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