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MUDANÇA DE DATAS

Congresso Nacional começa a debater sobre nova data das Eleições 2020

Mudança depende de aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição

Publicado em 17/06/2020 às 22:23

Eleições estão marcadas para o primeiro domingo de outubro, mas pandemia de Covid-19 deve atrapalhar o calendário original (Foto: José Cruz/Arquivo/Agência Brasil)

O Senado Federal começou a debater mudanças na Constituição que permitam a alteração do calendário eleitoral 2020 em razão da pandemia de Covid-19. Na sessão desta quarta-feira (17), o presidente Davi Alcolumbre decidiu iniciar os debates sobre a mudança. As eleições estão marcadas para o dia 4 de outubro. O adiamento será discutido com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2020, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). 

Essa PEC será relatada pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA), que tem expectativa de fechar a proposta ainda esta semana. Se houver consenso na reunião de líderes, na próxima segunda-feira (22), o texto poderá ser votado já na próxima semana. A PEC ainda deverá ser apreciada pela Câmara dos Deputados.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, já afirmou que a Justiça Eleitoral não pode fixar uma data para o adiamento das Eleições 2020 em razão da pandemia causada pelo coronavírus (Covid-19), ainda que haja consenso entre os especialistas em saúde pública sobre a necessidade de adiar pelo menos por algumas semanas.

Em debate virtual que reuniu os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, além de médicos infectologistas, cientistas e líderes partidários, Barroso sugeriu uma janela, com base nos depoimentos científicos, que vai entre 15 de novembro e 20 de dezembro.

Durante a reunião, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou uma proposta para diminuir o tempo entre o primeiro e o segundo turno (seriam 15 dias de intervalo), sugerindo as seguintes datas: 15 de novembro e 29 de novembro. Segundo ele, essas datas oferecem condições para que os partidos e a Justiça Eleitoral preservem a responsabilidade e a fiscalização dos recursos públicos utilizados durante a campanha, uma vez que daria tempo de analisar as prestações de contas antes da diplomação dos eleitos.

Diversas outras datas foram sugeridas, mas ainda não houve nenhuma definição e consenso entre os parlamentares. O ministro Barroso garantiu que estará em interlocução com Maia e Alcolumbre para levar as preocupações da Justiça Eleitoral em todo esse processo.

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