O Portal da Cidade recebeu em primeira mão a notícia de que o ex-ministro da Agricultura do governo de Dilma Roussef (PT) e deputado federal eleito por Mato Grosso, Neri Geller (PP), foi conduzido pela Polícia Federal na manhã de hoje (sexta-feira, 09) para prestar esclarecimentos sobre denúncias de distribuição de propinas no âmbito do Ministério da Agricultura durante o governo da presidente petista.
O deputado estava em Cuiabá e permanecerá sob custódia da PF por 5 dias. Em Lucas do Rio Verde os policiais fizeram cumpriram mandado de busca e apreensão no apartamento e em uma das empresas ligadas a Geller.
A ação faz
parte de um desdobramento da Operação Lava Jato batizada de Capitu. Junto com
Geller outros 18 mandados de prisão serão cumpridos ao longo do dia e outros
políticos estão investigados em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,
Paraíba. Entre os conduzidos estão o vice-governador mineiro Antonio Andrade
(MDB) e os empresários Joesley Batista e Ricardo Saud, ligados à rede de
frigoríficos JBS.
Até onde o Portal da Cidade pôde apurar de fontes ligadas a Brasília, a operação nasceu das denúncias feitas durante a delação do doleiro Lúcio Funaro, ligado ao MDB. A Receita Federal afirma ter provas concretas de que havia, durante o governo de Dilma Roussef, um esquema de arrecadação e distribuição de propina funcionando dentro do Ministério da Agricultura em benefício de políticos do MDB. Em troca, afirma a Receita e a Polícia Federal, os parlamentares conduziam assuntos de interesse do Grupo JBS em Brasília.