Foi anunciado, no final da última sessão ordinária da Câmara
de Vereadores de Lucas do Rio Verde, ocorrida na noite da segunda-feira (25),
que a pauta de votação da Casa está trancada até que a Prefeitura Municipal destine
RS 1,5 milhão em repasses para o Hospital São Lucas. A medida foi anunciada
pelo presidente do Legislativo, vereador Dirceu
Cosma (PV).
Segundo Cosma, o repasse diz respeito a recursos necessários
para a manutenção dos atendimentos e pagamento de serviços já executados pelo Hospital
São Lucas. A dívida, afirma ele, vem se acumulando desde o ano passado.
PAUTA TRANCADA - Em
nota à imprensa, Dirceu Cosma
comenta: “Eu não sou um cara de muita reunião, duas reuniões, as coisas têm que
ser resolvidas! Como não resolveu, eu preferi tomar essa atitude. Porque se
tivesse falado não, eu teria ficado contente, pelo menos não perderia tempo com
isso. Nós estamos aqui para ajudar, pra fazer. A gente sabe do esforço do
prefeito, mas a gente não está aqui para enrolar. Se for resolvido de imediato,
todos os projetos serão votados”.
Quem argumenta sobre a natureza dos repasses é o vereador Airton Callai (PRB): “Quando o paciente
sai da UTI, o Estado deixa de pagar a diária da UTI, mas ele fica mais uma
semana, até duas internado no hospital. Se o paciente é de Lucas, o município
paga, mas se é de fora, não tem como cobrar”.
REPASSES EM DIA –
No final da manhã de hoje o Portal da Cidade entrou em contato com a Secretaria
de Saúde de Lucas do Rio Verde para apurar o posicionamento da Prefeitura
quanto ao caso e recebeu como resposta que todos os repasses para o Hospital
São Lucas, tanto do Poder Público municipal quanto estadual estão em dia e
devidamente documentados.
Segundo a secretária adjunta, Vivian Fávaro, “não há qualquer erro ou
atraso no valor repassado. Temos todos os contratos de gestão e termos de
fomento mantidos de maneira adequada e validados pelo Tribunal de Contas do
Estado. O que existe, no entanto, é uma solicitação de subvenção, por parte do
Hospital São Lucas, e que estamos analisando, pois temos o orçamento previsto
para todo o ano e uma mudança no ordenamento desse tamanho exige tempo e
cautela”.