A Secretaria de Inspeção do Ministério do Trabalho divulgou,
no final da semana passada, a lista que aponta as propriedades rurais
indiciadas por usar mão de obras análoga à escravidão. Das fazendas apontadas,
13 estão em Mato Grosso.
O número representa um aumento de 18,1% sobre o registrado
em 2017, quando 11 áreas foram multadas pela prática. A quantidade de
trabalhadores submetidos a condições análogas à escravidão também subiu: em
2018 foram encontradas 72 pessoas sob estas condições, no ano passado o número
saltou para 92, crescimento de 28,9% de um ano para outro.
As 13 fazenda multadas estão espalhadas em todo o estado
mato-grossense, 3 delas no meio-norte do estado, em Sorriso, Itanhangá e
Matupá. Em uma fazenda de Matupá foram encontrados 15 trabalhadores sob
condições subumanas de trabalho.
COMO RECONHECER
TRABALHO ESCRAVO? – Segundo o Código Penal Brasileiro, o trabalho análogo à
escravidão pode ser reconhecido por três características: condições degradantes
de trabalho; jornada exaustiva, e; trabalho forçado.
Em
todo o Brasil foram denunciadas, ano passado, 209 empresas pela prática de
trabalho escravo à escravidão. Entre janeiro e outubro de 2018 os fiscais
encontraram 1.246 trabalhadores sob condições consideradas insalubres ou
degradantes, número 93% superior ao registrado em 2017.