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ORIENTAÇÃO

Álcool: Uso indiscriminado ou sem acompanhamento pode provocar acidentes

Vídeos e ‘receitas’ compartilhados nas redes sociais mostram pessoas usando etanol para preparo de produtos para usar na prevenção ao Coronavírus

Publicado em 01/04/2020 às 22:55

Produto ideal para higienização das mãos, o álcool em gel tornou-se escasso nos estabelecimentos comerciais. Algumas pessoas tentam 'criar' produtos alternativos (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Devido a pandemia do novo Coronavírus, o uso de produtos para prevenir a doença fez com que eles sumissem dos comércios. Máscaras, luvas e álcool em gel passaram a ser procurados com mais frequência, forçando a adaptação de produtos para atender a população. 

Porém, essa adaptação pode se tornar um perigo para a saúde das pessoas. O alerta é da tenente Nagata, da 13ª Companhia Independente de Bombeiro Militar, sediada em Lucas do Rio Verde. A oficial assinala que o uso indiscriminado ou sem acompanhamento de responsáveis pode ser perigoso.

A oficial cita que existem vídeos e receitas compartilhados nas redes sociais onde são feitas soluções a partir de produtos industriais. Um desses produtos é o etanol, combustível vendido em postos de combustíveis.

“Não fosse necessário um sistema industrial, a gente teria pessoas estudando pra trabalhar com isso. A gente não tem formação química pra saber a dosagem correta. Não produzam, de forma alguma, álcool em suas residências. É um produto inflamável, perigoso”, alerta Nagata, citando que etanol não pode, em hipótese alguma, entrar em contato com a pele. “Ele é produzido para outros fins e não vai ajudar. Vai causar queimadura”.

Outro risco apontado pela oficial militar diz respeito ao uso domiciliar. Sugerido para assepsia das mãos e braços, o álcool gel é inflamável e pode provocar acidente no manuseio do fogão. Por este motivo, tenente Nagata indica que em casa o ideal é utilizar água e sabão na assepsia das mãos e braços.

Também foi orientado pela militar que o produto fique armazenado em local fresco e longe do acesso de crianças. Como boa parte dos produtos comercializados possuem essência para adicionar aroma e cor, acaba chamando a atenção de crianças.

Outra situação que serve de alerta é a comercialização de álcool com glitter, uma forma que serve para estimular crianças e adolescentes a adotarem uma rotina de assepsia das mãos e braços de forma lúdica. “Não é o adequado, a pessoa está limpando a mão, não é um produto pra ser ingerido, pode passar a mão na boca, pode achar legal e usar pra outras atividades, brincar e com isso pode vir a causar intoxicação e até mesmo princípio de incêndio”, salienta.

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