Um grupo de cientistas da USP desenvolveram um bioinseticida a base de cúrcuma que ataca e mata as larcas do Aedes aegypti. O mosquito é vetor de doenças tropicais como zika, febre amarela, dengue e chikungunya e seu combate tem se mostrado difícil em algumas regiões e cidades do Brasil.
Os estudos sobre o novo produto começaram em 2015 a partir da substância que dá a coloração amarelada à cúrcuma, também conhecida como açafrão-da-terra. Os estudiosos descobriram que ela ataca diretamente o mosquito em sua fase larval, destruindo o intestino das larvas.
A vantagem da descoberta é que, caso o agente se mostre eficiente nos testes em campo, não há riscos de contaminação do meio ambiente, como acontece com seus similares sintéticos. Até agora todos os experimentos feitos em focos do mosquito nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul têm apresentado resultados satisfatórios.
A USP informou que, assim que os últimos testes mostrarem seus resultados, o pedido de patente de registro será encaminhado à ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária para aprovação e uso pelo sistema público de saúde de todo o Brasil.