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Erro grave!

Cerca de 3,5 mil crianças receberam vacina errada contra a covid em MT

Diante da repercussão, Saúde de Lucas do Rio Verde esclarece sobre medidas utilizadas no processo de imunização, iniciado na última semana

Publicado em 24/01/2022 às 11:18
Atualizado em

(Foto: Reprodução)

A  Advocacia-Geral da União (AGU), com dados da Rede Nacional, divulgou que houve equívoco na aplicação de vacinas contra a covid-19 em crianças. Ao todo, 57.147 menores foram imunizados com doses da vacina para adultos, além disso, foram vacinas da Coronavac, Astrazeneca, e Janssen, sendo que, apenas a vacina da Pfizer está autorizada para esse público.

Conforme o relatório, em Mato Grosso, 3.533 doses foram aplicadas de forma equivocada em crianças e adolescentes com idade entre 0 e 17 anos. 

Além de infringir o limite da faixa-etária mínima liberada para a imunização determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as vacinas ainda seriam de todas as farmacêuticas.

Na última quarta-feira (19), o Ministério da Saúde publicou uma Nota sobre o assunto, solicitando esclarecimentos por parte dos estados sobre o erro.

Nota

Ministério da Saúde identificou inconsistências e solicitou, aos estados e ao Distrito Federal, esclarecimentos sobre os registros de vacinação de crianças e adolescentes cadastrados pelas unidades federativas nos sistemas da pasta. Dados apontam que pelo menos 3,6 milhões de adolescentes entre 12 e 17 anos foram vacinados antes da devida liberação de vacinas para essa faixa etária. Além disso, registros mostram que 35,7 mil crianças foram vacinadas com um imunizante diferente daquele que foi aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo as informações recebidas pelo Ministério da Saúde, 14,5 mil crianças foram vacinadas com a vacina AstraZeneca, 20 mil com a Coronavac e 1,2 mil crianças com o imunizante de dose única da Janssen. A recomendação é que a vacina da Pfizer seja utilizada na vacinação de crianças entre 5 e 11 anos, único imunizante aprovado pela instituição reguladora para essa faixa etária no Brasil. Além disso, registros nos sistemas do Ministério apontam que 2,4 mil crianças entre 0 a 4 anos foram imunizadas com a vacina da Pfizer. Não há imunizante aprovado pela Anvisa para esse público.

Ainda no mês de setembro de 2021, a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde enviou ofício aos estados e municípios solicitando esclarecimentos acerca dos registros e de ações que demonstram desconformidade com o que é previsto no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). Apenas 11 entes federados responderam à demanda da pasta. Por isso, em novembro, um novo ofício foi enviado reiterando a importância de uma resposta tempestiva, desta vez incluindo o Ministério Público Federal (MPF) na pauta.

Vale ressaltar que cabe aos estados o correto cadastro dos dados de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde e a operacionalização da campanha de vacinação seguindo as recomendações do Governo Federal. As informações ficam consolidadas na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) em uma base única de dados.

A pasta reitera ainda a importância de seguir o PNO, dispositivo essencial para a plena execução da Campanha de Vacinação contra a Covid-19 no Brasil. As diretrizes são elaboradas pelo Ministério da Saúde em parceria com os estados e os municípios, e contém todas as orientações para a vacinação. Além disso, a orientação do Ministério da Saúde é para que os gestores locais monitorem e acompanhem as crianças e adolescentes que tenham sido imunizados de forma inadvertida.

Lucas do Rio Verde

Diante da repercurssão dos casos, o jornalismo do Portal da Cidade entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para buscar esclarecimentos à população, bem como ressaltar que não foi registrado erros no processo de imunização em menores, iniciado na última quinta-feira (20) no município.

"Iniciamos a Campanha de vacinação em crianças de 05 a 11 anos no município e estamos seguindo todas as orientações do Ministério da Saúde, onde salas de vacina para essa faixa etária, é de uso exclusivo para imunização infantil, tendo apenas o imunizante da Pfizer pediátrica para evitar qualquer probabilidade de erro. Para promover mais segurança, foi selecionado profissionais experientes e de carreira para estarem a frente da imunização e mostrarem aos pais e responsáveis todo processo, desde a vacina que está sendo aplicada como a dosagem e siringa utilizada. Como medida de segurança e monitoramento, após a aplicação, a criança imunizada permanece na unidade por cerca de 20 minutos, os pais também são orientados sobre possíveis efeitos colaterais. Destacamos que o processo tem sido dentro da normalidade, e o mais importante, com segurnaça e transparência", destacou, Claudia Engelmann, supervisora da Vigilância em Saúde. 

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