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Infarto e AVC podem ocorrer mais no inverno, explica cardiologista Luverdense

Em comparação com as outras estações do ano, durante o inverno, o número de Infartos cresce, em média, 30% e os de AVC (Derrame), 20%.

Publicado em 16/01/2020 às 01:54
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A hipertensão arterial, o colesterol alto e o diabetes, quando não controlados, são as principais doenças que favorecem a ocorrência de um AVC. (Foto: Reprodução)

Estudos realizados em diferentes países mostram que, em comparação com as outras estações do ano, durante o inverno, o número de Infartos cresce em média 30%, e os casos de AVC (Derrame) são de 20%. A estimativa é que a cada 10°C de queda na temperatura haja um aumento de 7% no índice de infartos, especialmente quando os termômetros atingem marcas inferiores a 14ºC.

"Isso acontece porque o organismo faz de tudo para manter o calor interno do corpo ao redor de 36,1ºC. Assim, quando as terminações nervosas da pele se ressentem com o frio, estimulam a produção de um tipo de catecolamina, substância que, entre outras funções, acelera o metabolismo para evitar a perda de calor, como forma de proteger o funcionamento de órgãos vitais internos. Esse mecanismo faz com que as paredes dos vasos sanguíneos que irrigam a pele se contraiam (prova disso é que mãos, pés, nariz e orelhas esfriam), e o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue. Além disso, como sentem menos sede no frio, as pessoas acabam ingerindo menos líquido e desidratam. Sangue mais denso e viscoso coagula mais facilmente, o que colabora também para o aumento da pressão sanguínea", explica o médico cardiologista, Fabio Argenta.

Nas baixas temperaturas, o aumento da pressão sanguínea sobre a parede dos vasos que estão com o calibre reduzido, além de sobrecarregar o coração, facilita o desprendimento de placas de gordura localizadas no interior das artérias, que podem bloquear o fluxo do sangue para o coração e para o cérebro, resultando no infarto.

Dr. Fábio Argenta, Clínica MediOdonto, Lucas do Rio Verde

Emergência!

Ainda, diante de um quadro de infarto, quanto antes o indivíduo procurar pelo socorro médico, mais chances terá de sobrevida, diminuindo também as chances de complicações secundárias, como por exemplo, insuficiência cardíaca".

Dr. Fábio Argenta, Clínica MediOdonto, Lucas do Rio Verde

Dr. Fábio Argenta- CRM MT 4194, é Especialista em Cardiologia – RQE 2859, em Medicina Interna – RQE 1129, e Medicina de Urgência–RQE 31, sendo Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia-MT. O profissional, também será co-autor da Oitava Diretriz de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

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