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SAÚDE MENTAL

“Saúde mental deve ser elemento central de nossas vidas”, diz psicóloga

Mayara Techio afirma que nossa sociedade precisa aprender a lidar melhor com frustrações e com o medo de receber respostas negativas no decorrer da vida

Publicado em 23/01/2020 às 08:50
Atualizado em

Psicóloga Mayara Techio diz que sociedade precisa reaprender a lidar com frustrações para encontrar caminho para a saúde mental (Foto: Reprodução)

Criado em 2014 por um grupo de psicólogos de Uberlândia-MG, o Janeiro Branco segue os mesmos princípios que norteiam as ações do Setembro Amarelo, mas com enfoque voltado para a conscientização e promoção da Saúde Mental.

De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde, as doenças mentais tiveram aumento considerável dentro do espectro geral de doenças que mais afetam as pessoas nos últimos anos.

“A principal meta das pessoas que se engajam nesta campanha é mudar o olhar das pessoas sobre o tema. Se fala muito em doenças mentais, mas ainda nos esquecemos de abordar quais são os caminhos para atingirmos e mantermos a saúde mental da população. Esta ação do indivíduo de se cuidar e se conhecer emocionalmente serve como barreira para uma série de problemas que vêm se tornando muito comuns”, explica a psicóloga luverdense Mayara Techio.

LUTA CONTRA O PRECONCEITO

Segundo ela, “a maior barreira para que consigamos atingir mais pessoas, ainda é o preconceito que se mantém sobre o tema. Falamos muito sobre doenças físicas, mas as doenças mentais ainda são negligenciadas ou vistas como um tabu. Isso atrapalha demais as pessoas que, em muitos casos, notam um problema, mas não vão buscar orientação profissional por medo de serem taxadas de desequilibradas ou loucas, quando, na verdade, a procura por apoio é uma das ações mais sensatas que podem ser tomadas nestes momentos de dificuldade” afirma a psicóloga.

MUNDO PROBLEMATIZADO

A psicóloga concorda que, há algum tempo, a sociedade tem formado pessoas cada vez mais imediatistas e que buscam a problematização de coisas banais, ao invés de procurarem dar ênfase à solução dos problemas.

“Temos uma questão complexa neste ponto porque, à medida que a tecnologia avança, cria-se facilidades que deixam o ser humano vulnerável à dificuldade e até a uma resposta negativa para algum anseio seu. Estamos nos acostumando a termos respostas positivas e rápidas para nossos anseios e estamos nos esquecendo de aprender a lidar com os tropeços, com as respostas negativas, com obstáculos (...) com medo de errar, paramos de agir, nos negamos a enfrentar o cotidiano. No entanto, o processo de aprendizado, de amadurecimento e de crescimento envolvem erros e acertos (...) é natural e é necessário sabermos lidar com isso”, analisa.

PARA SABER MAIS

Para saber mais sobre o tema e buscar orientações, Mayara Techio atende na Propsiq – Instituto de Saúde Mental, na Avenida São Paulo, 129 E, Bairro Cidade Nova. Por telefone, os interessados podem ligar para o (65) 3549-6991.

@mayaratechio

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