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Feira livre de Lucas do Rio Verde: espaço para tudo e para todos

Levantar cedo, ir dormir quando for possível, atender com um enorme sorriso. O Portal da Cidade foi conhecer a vida dos feirantes da Praça da Liberdade.

Publicado em 13/09/2018 às 02:53

Feira funciona ao ar livre (Foto: Arte/Portal da Cidade)

Elas existem desde que o comércio foi inventado pela humanidade; nelas a economia moderna se desenvolveu; muitas cidades apareceram e cresceram graça a uma delas; rotas comerciais importantes, ligando países e continentes, partiam e terminavam nelas; todas as pessoas vão a ela, pouco importando sua renda, origem, grau de instrução ou cor da pele; nelas muitas revoluções começaram; a partir delas o teatro e o circo floresceram; elas são a identidade de culturas inteiras; nosso calendário semanal marca seus dias úteis a partir delas, elas sobrevivem aos supermercados, aos shopping centers e ao comércio eletrônico... o Portal da Cidade te convida a conhecer a feira livre!

Feira livre acontece entre as quintas-feiras e sábados (Foto: Portal da Cidade)

O feirante Edivan Gomes da Silva levanta antes do sol nascer, percorre as chácaras recolhendo os produtos que irá vender, pesa tudo, embala, monta sua tenda e atende seus clientes sempre com um sorriso no rosto. Sua filosofia é “sem alegria nada dá certo. A vida levada com um sorriso fica melhor e mais fácil”.

Edivan é feirante há nove anos, sendo que dois deles vividos na feira de Lucas do Rio Verde, na Praça da Liberdade, ao lado do cemitério municipal. À nossa reportagem, ele conta que “é da feira que eu tiro o sustento de minha família. A vida de feirante não é para quem gosta de facilidades [...] às cinco horas da manhã a gente tem que estar na estrada para pegarmos os melhores produtos nas chácaras”.

Sonho
O feirante de 47 anos confessa que somente deixaria seu espaço na feira de pudesse ter seu pedaço de terra para plantar e colher: “eu já trabalhei como produtor, mas a terra era arrendada e quando a gente estava com tudo bonitinho e rendendo, nos pediram o terreno de volta [...] eu só sairia da feira se fosse para trabalhar em uma terrinha que fosse minha, caso contrário, está bom demais do jeito que estou. Aqui a gente faz amizades, conhece gente, trabalha com alegria [...] sem alegria não dá nada certo”.

Turco
Dionísio da Costa, 47 anos, feirante há oito, também sustenta sua família de seis pessoas com a renda da feira. O apelido “Turco” veio do tipo de sanduíche que prepara para seus clientes.

“Eu gosto de trabalhar aqui. Sempre trabalhei com comércio e não penso em deixar essa vida por nada. Aqui eu já fiz muitos amigos, sou bastante conhecido e, graças a Deus, as pessoas gostam do meu trabalho”, explica, orgulhoso, enquanto embala mais um sanduíche para um de seus clientes.

Entre compotas, conservas, mel
“Eu Estou já cinco anos aqui na feira. Meu esposo e eu vendemos de tudo que tem na colônia aqui no nosso espaço: pão, cuca, bolacha, macarrão caseiro, melado, mel, conservas, queijo, rapadura, licor, vinho [...] tentamos atender as pessoas que gostam destes produtos, principalmente quem veio lá do Sul, né?”, diz Ironi Pastore.

O esposo a quem se refere Dona Ironi é Zardelino Pastore, 63 anos de idade, que afirma: “não trocaria a vida da feira por nada. Apesar de a gente trabalhar tanto, é uma vida livre, onde a gente pode fazer o que ama. Eu não me acostumaria com nenhum outro trabalho. Já fui vendedor de máquinas agrícolas, mas hoje em dia estou muito satisfeito com nossa vida”.

Dia e horário
A feira livre da Praça da Liberdade funciona entre as quintas-feiras e sábados, das 16h às 19h e, aos domingos, das 06h ao meio-dia. São 20 boxes que oferecem desde frutas e verduras até peças de artesanato, flores e comidas típicas regionais.

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