Muitas pessoas trazem desde a infância o sonho de viajar,
conhecer novos lugares, pessoas e culturas, cortar estradas e perder-se sem
rumo por aí. Porém, são poucos os que conseguem fazer isso. Os motivos alegados
são muitos: trabalho, família, falta de dinheiro ou até mesmo o desânimo movido
pela crença de que “o tempo passou”.
Para os que persistem, a recompensa é inesquecível. Uma
coleção de risadas, fotografias, sentimentos e amizades feitas pelo caminho,
amontoadas e recordadas em garagens, bares ou quaisquer outros lugares onde
outras pessoas gostem de ouvir uma boa história.
O Portal da Cidade vai contar a história de Rogério
Morandini, morador de Lucas do Rio Verde, que cortou com sua moto as estradas
de diversos países e que foi parar na costa do Caribe, ao norte da Colômbia.
Rei da estrada
A viagem de moto mais longa já registrada foi feita pelo
argentino Emílio Scotto. Ele saiu de Buenos Aires em janeiro de 1985 com 30
anos de idade e 300 dólares no bolso, montado em sua Honda Gold Wing 1100cc
para percorrer 214 regiões do mundo, desde a Patagônia até as pirâmides do
Egito. Sua viagem durou dez anos e ele foi apelidado pelo Guinnes Book de “o
rei da estrada”.
Uma aventura para nunca mais esquecer
Em Lucas do Rio Verde mora Rogério Morandini, empresário e
dono de uma dessas histórias. Ele conta que, em cima de uma moto, já foi à
Bolívia, Equador, Peru, Venezuela e Colômbia, chegando à costa do Caribe, em
Cartagena.
Ele comenta que o motociclismo lhe ofereceu uma qualidade de
vida jamais imaginada, pois, além da oportunidade de viajar, a possibilidade de
compartilhar suas experiências com amigos é algo que não se pode descrever.
“Depois de realizar estar viagens, posso afirmar que o
motociclismo cria um espírito de irmandade e de família. Hoje, prefiro muito
mais me sentar debaixo de uma árvore com meus amigos para contarmos nossas
histórias tomando umas cervejas do que passar o resto da vida sozinho em uma
daquelas praias luxuosas de Miami (Estados Unidos)”, comenta Rogério.
Antes de comprar uma moto, Rogério conta que seus dias eram
divididos entre o trabalho e o sofá da casa. “Cinco anos atrás, antes de eu
entrar para o motoclube e começar a andar por aí, minha vida era trabalhar e
ficar em casa, assistir TV [...] hoje os integrantes do clube posso considerar
como uma família e isso faz muito bem”, complementa.
O Portal da Cidade contará os detalhes desta viagem em uma série de matérias semanais durante todo o mês de outubro.