As tensões envolvendo os EUA e o Irã, que já se arrastam há mais de uma década, com embargos e denúncias sobre eventual desenvolvimento de armas nucleares, tomou tons mais fortes a partir da semana passada, quando o mais importante general do país muçulmano foi morto após um ataque orquestrado pelo Pentágono.
Como consequência, um dos mercados mais relevantes de grãos para o Brasil acaba se tornando epicentro de disputas que acabarão influenciando diretamente o mercado na região, uma das maiores importadoras de commodities do mundo. O aviso foi feito em um relatório divulgado esta manhã (segunda-feira, 06), pelo Commerzbank, da Alemanha.
Crise em um, ganho no outro
Caso isso realmente ocorra, produtores de milho do Brasil poderão ser afetados negativamente, pois o Irã é um dos maiores consumidores do cereal produzido no País. Por outro lado, os analistas preveem que o trigo também sofrerá pressão pela redução de seu preço no mercado internacional, o que ajudaria a controlar a inflação da moeda brasileira, uma vez que o Brasil é grande comprador do grão no mercado internacional.
Na Bolsa de Chicago, hoje, as cotações já amanheceram em baixa de 1,54% para o trigo e 1,28% para o milho.
