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SOJA

Com mercado entre EUA e China ainda frio, Brasil aumenta exportações em 105,8%

Volume de recursos injetados no PIB brasileiro graças ao aumento das exportações de soja para o país asiático subiu 92% em um ano

Publicado em 09/03/2019 às 03:13

Caso o mercado entre Norte-americanos e chineses continue incerto, pode faltar soja brasileira em oferta a partir de setembro, avaliam analistas de mercado (Foto: Reprodução - Ministério da Indústria e Comércio Exterior)

Enquanto China e Estados Unidos ainda não batem o martelo sobre os pontos centrais do acordo que porá fim à guerra comercial entre os dois países, o Brasil aproveita a onda para garantir mercado para suas commodities, principalmente o soja. A afirmação é feita pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, graças a um cruzamento de dados realizado entre os números das exportações do Brasil e as informações oferecidas pela Administração Geral de Alfândegas e Portos da China.

Segundo a avaliação dos analistas brasileiros, o País vendeu para o mercado chinês, entre janeiro e fevereiro deste ano, quase 7 milhões de toneladas de soja, quantidade 105,8% superior à embarcada no mesmo período de 2018. No entanto, diz o mesmo relatório, a quantidade de soja importada pelo país asiático de outros centros produtores, como Estados Unidos, Argentina e Paraguai, caiu 18%.

Se transformados em valores, o aumento de exportações deu ao Brasil um acréscimo financeiro de 92% entre um ano e outro, pois o volume de dólares que foi injetado na economia nacional através da venda de soja para a China saltou de US$ 1,3 bilhão para US$ 2,5 bilhões.

ESCASSEZ? – O aumento nas vendas tem feito os analistas e operadores de mercado externo trabalharem com duas hipóteses futuras diferentes: a primeira, leva em consideração a continuidade nos impasses entre China e EUA, o que faria com que o Brasil permanecesse vendendo para o mercado asiático uma quantia maior do que a verificada nos anos anteriores; já a segunda leva em consideração o quadro contrário, um arrefecimento do mercado chinês devido ao fim das sobretaxas impostas aos norte-americanos.

Se a primeira hipótese se confirmar, ou ao menos se mantiver até o próximo mês de agosto, então existe a possibilidade de haver falta de soja para vender aos chineses ainda em setembro deste ano; caso os dos gigantes da economia mundial chegarem a um denominador comum, então a oferta brasileira de soja está garantida até a próxima safra, inclusive com possível aumento na cotação em relação à praticada atualmente.

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