Durante visita a Lucas do Rio Verde, na manhã desta sexta-feira
(08), o deputado estadual Xuxu Dal Molin (PSC) reafirmou, em entrevista
exclusiva ao Portal da Cidade, que a máquina pública precisa parar de
estrangular o contribuinte, se tornar mais eficiente e mais barata.
MUNICÍPIOS
PENALIZADOS - Sob o ponto de vista do parlamentar, “o contribuinte já não
suporta mais pagar tantos impostos. O ralo por onde escorre o dinheiro público
é muito grande e, par resolvermos isso, precisamos urgentemente rever o pacto
federativo. Do jeito que está, não pode ficar (...) os municípios brasileiros
são responsáveis por custear cerca de 40% dos serviços públicos oferecidos, mas
ficam com apenas 16% daquilo que é arrecadado com impostos. Por outro lado, o
Governo Federal leva 60% do bolo tributário, mas responde por apenas 20% dos
investimentos (...) essa conta penaliza todos os cidadãos, encarece o Estado e
atrapalha a economia”.
EMENDA DA VERGONHA
– Como exemplo do que diz, Xuxu Dal Molin lembra das severas críticas feitas
por ele à emenda que aumentou o repasse de recursos para os Poderes Legislativo
e Judiciário de Mato Grosso, apresentada na semana passada.
“A Emenda da vergonha vai destinar R$ 102 milhões a mais,
por ano, para a Assembleia Legislativa e o Judiciário. É lamentável que, num
momento de calamidade financeira como este pelo qual passamos, em que hospitais
são fechados, serviços são suspensos, viaturas da Polícia e dos Bombeiros
deixam de rodar, servidores têm salários atrasados, aqueles que não têm que enfrentar
fila nos Postos de Saúde apareçam com uma proposta dessas. O Estado arrecada
muito, mas gasta mal e mais do que deve (...) se continuarmos nesse ritmo,
mesmo com o aumento da taxa do Fethab, se não houver enxugamento dos custos,
nada vai mudar. Precisamos, sim, reduzirmos o peso da máquina e melhorarmos os
mecanismos de prestação de serviços à população”.
PAGA
PARA NÃO TER – Dal
Molin ainda cita os municípios do Vale do Teles Pires como argumento: “as
prefeituras de nossa região são as que mais sofrem com esse desequilíbrio entre
arrecadação e distribuição, pois o nível de contribuição destas cidades é
altíssimo, mas o retorno é muito baixo, tanto em serviços quanto em repasses. O
resultado que temos são prefeitos tendo que prestar serviços de
responsabilidade estadual, além arcar com suas obrigações legais”.