Na tarde de ontem (quarta-feira, 13) o ministro da Economia,
Paulo Guedes, voltou a entrar em rota de colisão com o setor agropecuário
brasileiro. Após declarar que levará a proposta de cortar os subsídios ao
agronegócio nacional ao presidente Jair Bolsonaro até março, Guedes afirmou que
também pretende defender a ideia de acabar com a isenção da taxa de
recolhimento a INSS para produtos exportados pelo setor.
Segundo a lei em vigor, o agricultor tem que recolher 2,6%
para o INSS sobre os produtos em que incida contribuição previdenciária, as
ficam livres da cobrança quando o produto tem como destino o exterior.
Para o deputado federal Neri
Geller (PP-MT), que atendeu a reportagem do Portal da Cidade na noite de
ontem, “todos estes movimentos propostos pelo ministro têm sido observados
pelos parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso Nacional
e todas as propostas vem sendo avaliadas. O que tenho a ressaltar é que, embora
tenhamos muito respeito pelo presidente Jair Bolsonaro, vamos nos posicionar em
favor do setor agropecuário do Brasil (...) é ele a maior fonte de renda do
País, responsável pela maior fatia de nosso PIB e isso precisa ser levado em
consideração”.
O parlamentar mato-grossense enfatizou ainda o compromisso
que a bancada assumiu com a agenda de reformas propostas ao longo da campanha
para as eleições de 2018: “muitas das propostas defendidas pelo Executivo na
época da campanha também fizeram parte da plataforma da maioria dos
parlamentares que hoje compõem a bancada. Assim como o ministro Paulo Guedes, defendemos a reforma da
Previdência e uma revisão na agenda de gastos do Governo, mas acreditamos que
deve haver um esforço maior para a desburocratização e para o fortalecimento da
livre iniciativa (...) nossa economia anda devagar porque nossa máquina pública
é ineficiente em setores que exigem maior dinamismo, penalizando quem gera
riquezas e paga impostos”.