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FIM DO DESCONTO

Planalto confirma que subsídio à energia elétrica rural irá acabar

Medida prevê que fim do subsídio siga um cronograma escalonado de 5 anos

Publicado em 07/03/2019 às 07:38

Política de subsídios oferecidos às áreas rurais estão em desacordo com a Lei, diz TCU (Foto: Reprodução)

O Palácio do Planalto confirmou, na manhã desta quinta-feira (07), que os subsídios oferecidos aos consumidores de energia elétrica no campo irão acabar em um prazo de 5 anos. A medida acata o último relatório emitido pelo TCU – Tribunal de Contas da União – sobre o tema, que indica diversos pontos divergentes entre o desconto dado às áreas rurais e as leis que regulamentam a venda e distribuição de energia no País.

O argumento central do órgão é o de que as políticas de irrigação, tratamento de esgoto e saneamento da água não têm relação direta com a política energética brasileira e, por este motivo, não podem receber subvenções do setor.

Atualmente, o total do custeio para as propriedades rurais é repassado para as contas de energia elétrica residenciais e comerciais se aproxima dos R$ 3,5 bilhões anualmente e, segundo argumenta o relatório do TCU, “o Estado precisa encontrar meios de baratear o acesso dos consumidores à energia elétrica, sem transferi-los para outros setores da sociedade”.

DESCONTO DIRETO – Para amenizar o impacto no campo, no entanto, o Governo Federal trabalha com a proposta de reeditar o desconto direto oferecido pelas distribuidoras às propriedades rurais que trabalham com sistema de irrigação. Até 2016 este desconto ficava em aproximadamente R$ 642,64, além do desconto tarifário, oferecido a todas as unidades de consumo, de R$ 47,88. A fiscalização sobre o subsídio ficaria por conta a ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.

SUBSÍDIO CARO – No total, os subsídios sobre as contas de energia de determinados setores da economia brasileira para 2019 deve ultrapassar os R$ 20 bilhões. Este montante, por ser repassado às outras unidades consumidoras, já representa 9,3% do custo total das contas cobradas nas residências.

ASSINATURA – Conforme informaram fontes ligadas ao Palácio do Planalto, o novo decreto já passou pela avaliação dos ministérios da Agricultura, Desenvolvimento, Economia, Minas e Energia e pela própria ANEEL. Estas mesmas fontes afirmam que o documento já foi encaminhado à Casa Civil e aguarda assinatura do presidente Jair Bolsonaro.

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