Portal da Cidade Lucas do Rio Verde

MAIS UMA CRISE

Em duas semanas, 30 profissionais abandonam Hospital Regional de Sinop

Médicos e enfermeiros denunciam atrasos salariais constantes e falta de diálogo com equipes

Publicado em 05/03/2019 às 01:21
Atualizado em

Profissionais afirmam que, ao longo das últimas três administrações que passaram pelo Hospital Regional de Sinop, ficaram salários atrasados e que situação se tornou insustentável (Foto: Reprodução)

Apesar do Hospital Regional de Sinop estar sob jurisdição do estado desde janeiro, quando o governador Mauro Mendes (DEM) decretou a intervenção na unidade, a situação parece estar longe de uma solução. Indícios disso têm sido colhidos ao longo das últimas duas semanas, quando uma saída em massa dos profissionais que atendem o HR-Sinop começaram a deixar seus postos.

A principal alegação dos médicos, enfermeiros e auxiliares para a saída é o atraso salarial que, segundo eles, já se arrasta por 5 meses sem sequer um posicionamento dos responsáveis. Até mesmo setores vitais como a UTI – Unidade de Terapia Intensiva – e o PA – Pronto Atendimento – têm perdido mão de obra desde que a debandada teve início.

ATRASO SALARIAL – Pedindo para não ser identificado, um enfermeiro da unidade conversou esta manhã com o jornalismo do Portal da Cidade e confirmou as informações divulgadas por alguns veículos de imprensa:

“Há atraso salarial de 5 meses do período que a Fundação Santo Antônio administrou o HR; mais 5 meses de atraso do período do Instituto Gerir, e; o primeiro mês da intervenção do estado (...) nós queremos trabalhar, sabemos das nossas responsabilidades profissionais junto a sociedade, mas sem receber, não dá!”, desabafa.

Ele conta que, segundo seus cálculos, mais de 30 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem já pediram desligamento dos quadros do HR-Sinop nos últimos 15 dias.

FUNCIONAMENTO NORMAL – Em resposta às notícias divulgadas, a SES - Secretaria Estadual de Saúde – divulgou nota no início da noite afirmando que “a Diretoria Clínica do Hospital Regional de Sinop declara que a unidade funciona normalmente e atende todas as demandas de atendimento, incluindo os serviços de UTI e Pronto Atendimento”.

Recentemente, começaram discussões entre o Palácio Paiaguás e o Consórcio de Saúde do Vale do Teles Pires para que a holding de prefeituras assumisse a administração do HR-Sinop. No entanto, em entrevista com o presidente do Consórcio e prefeito de Itanhangá, Edu Paskoski, o Portal da Cidade recebeu a informação de que “as negociações precisam caminhar de forma a levar a um denominador comum que seja bom tanto para o estado quanto para as 15 prefeituras que participam do Consórcio de Saúde da região. Temos feito estudos sobre a realidade da unidade e vamos debater todos estes pontos com a Secretaria de Saúde do estado para vermos em que solução chegaremos”.

Fonte:

Deixe seu comentário