Apesar do Hospital Regional de Sinop estar sob jurisdição do
estado desde janeiro, quando o governador Mauro Mendes (DEM) decretou a
intervenção na unidade, a situação parece estar longe de uma solução. Indícios
disso têm sido colhidos ao longo das últimas duas semanas, quando uma saída em
massa dos profissionais que atendem o HR-Sinop começaram a deixar seus postos.
A principal alegação dos médicos, enfermeiros e auxiliares
para a saída é o atraso salarial que, segundo eles, já se arrasta por 5 meses
sem sequer um posicionamento dos responsáveis. Até mesmo setores vitais como a
UTI – Unidade de Terapia Intensiva – e o PA – Pronto Atendimento – têm perdido
mão de obra desde que a debandada teve início.
ATRASO SALARIAL –
Pedindo para não ser identificado, um enfermeiro da unidade conversou esta
manhã com o jornalismo do Portal da Cidade e confirmou as informações
divulgadas por alguns veículos de imprensa:
“Há atraso salarial de 5 meses do período que a Fundação
Santo Antônio administrou o HR; mais 5 meses de atraso do período do Instituto
Gerir, e; o primeiro mês da intervenção do estado (...) nós queremos trabalhar,
sabemos das nossas responsabilidades profissionais junto a sociedade, mas sem
receber, não dá!”, desabafa.
Ele conta que, segundo seus cálculos, mais de 30
profissionais, incluindo médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem já
pediram desligamento dos quadros do HR-Sinop nos últimos 15 dias.
FUNCIONAMENTO NORMAL
– Em resposta às notícias divulgadas, a SES - Secretaria Estadual de Saúde –
divulgou nota no início da noite afirmando que “a Diretoria Clínica do Hospital
Regional de Sinop declara que a unidade funciona normalmente e atende todas as
demandas de atendimento, incluindo os serviços de UTI e Pronto Atendimento”.
Recentemente, começaram discussões entre o
Palácio Paiaguás e o Consórcio de Saúde do Vale do Teles Pires para que a
holding de prefeituras assumisse a administração do HR-Sinop. No entanto, em
entrevista com o presidente do Consórcio e prefeito de Itanhangá, Edu Paskoski, o Portal da Cidade
recebeu a informação de que “as negociações precisam caminhar de forma a levar
a um denominador comum que seja bom tanto para o estado quanto para as 15
prefeituras que participam do Consórcio de Saúde da região. Temos feito estudos
sobre a realidade da unidade e vamos debater todos estes pontos com a
Secretaria de Saúde do estado para vermos em que solução chegaremos”.