A equipe da Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde
concedeu entrevista coletiva hoje (quinta-feira, 20) para reforçar o chamado à população
para que contribua com a campanha de prevenção e combate aos focos de criação
do mosquito Aedes aegypti. O inseto é vetor de dengue, zica vírus, febre
amarela e a febre chikungunya.
CUIDADO REDOBRADO
- Segundo Rafael Bespalez, secretário
municipal de Saúde, esse período do ano exige cuidados especiais,
principalmente por causa do aumento das chuvas e consequente acúmulo de água
nos lotes e nas ruas.
“Vale salientar que os
trabalhos da secretaria de Obras na limpeza da cidade, dá uma maior
tranquilidade sobre o assunto, tendo em vista que isso ajudar a prevenir
doenças. O lixo acumulado pode causar risco de proliferação de mosquitos. Porém
a população precisa ficar atenta com a questão da limpeza de seus quintais,
vasos de plantas, acumulo de lixo, sempre destinando o lixo de forma correta,
porque isso vai fazer a diferença na prevenção das doenças”, destacou Bespalez.
NÚMEROS - Mesmo
sem apresentar índices tão elevados de infectados, Lucas do Rio verde precisa
manter-se alerta, para que aqui não ocorra o mesmo problema registrado em
outras cidades. O alerta é da coordenadora de Vigilância em Saúde, Keli Paludo.
Dados apresentados por ela e elaborados por sua equipe
indicam que, em 2018, foram notificados até agora 121 casos de dengue, 19 casos
de zica vírus e 21 de Chikungunya. Os índices são muito próximos dos
registrados em 2017.
Houve um aumento de pessoas inoculadas em dezembro, se feita
a comparação com os outros meses do ano, o que acionou o sinal de alerta das
autoridades para um eventual surto. Mas mesmo assim, afirma Keli, o trabalho
intenso tem mostrado resultados satisfatórios. Para este mês, o sistema de
saúde pública do município registram 6 notificações de dengue e 3 casos de zica.
“Depois de nosso último levantamento de índice de infestação predial em Lucas do Rio Verde se elevou para o patamar de cidade em alerta para possíveis surtos de Dengue e chikungunya. Nos três primeiros levantamentos estávamos em zona fora de perigo, mas com a intensificação das chuvas, agora no final de novembro, quando fizemos o último levantamento, nos tornamos município em alerta”, comentou ela.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde informam que, dos 141 municípios do Mato Grosso, 70% estão nesse patamar, tornando os cuidados com o controle de possíveis focos do mosquito vetor ainda mais necessário.
NO BRASIL –
Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, até
o final de novembro de 2018, o Brasil apresentava 236.213 possíveis casos de
dengue, sendo que a maior parte dos relatos foram registrado na região
Centro-Oeste (87.834 casos; 37,2 %), seguido pelo Nordeste (65.210 casos; 27,6
%) e Sudeste (65.561 casos; 27,8%). As regiões com menos casos relatados são
Norte ((15.051 casos; 6,4%) e Sul (2.557 casos; 1,1%).
Ainda segundo o mesmo documento, até novembro, morreram 35
pessoas em decorrência de complicações provocadas pela febre chikungunya. Os
dados são nacionais.