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PREVENÇÃO

Psicóloga luverdense diz: “é necessário ouvir o outro para prevenir o suicídio”

Maior número de suicídios acontece entre pessoas do sexo masculino com idade entre 15 e 35 anos.

Publicado em 03/09/2019 às 03:18
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Setembro Amarelo busca conscientizar pessoas sobre as causas e formas de se evitar o suicídio (Foto: Reprodução)

Em entrevista exclusiva ao Portal da Cidade, a psicóloga Ariane Benedetti comentou que o Brasil é um dos países em que a taxa de suicídio tem aumentado muito nos últimos anos e o país já ocupa a 8ª posição no ranking mundial no número de episódios em que as pessoas atentam contra a própria vida. Por dia, o País registra um número médio de 24 novos casos.

Ariane afirma que, ao contrário do que o senso comum afirma, “é importante deixar que a pessoa que sofre coloque para fora a dor e a angústia que está sentindo, que verbalize seus problemas, que fale sobre o que aconteceu em sua vida para que as coisas chegassem a um ponto que ela julga insustentável e que a única solução é tirar a própria vida”.

Homens solitários

Ela destaca que o maior número de tentativas de suicídio acontece entre mulheres, no entanto são os homens solitários, entre 15 e 35 anos, os que ocupam a maior parcela de pessoas que morrem por iniciativa própria. Os meios mais empregados por eles são: armas de fogo, enforcamento e ingestão de produtos tóxicos.

Além disso, indicam estudos sobre o problema, fatores culturais e sociais também criam algumas condições para que a pessoa adote tendências suicidas. Entre elas estão: vida solitária, ateísmo ou falta de uma religiosidade, dificuldades econômicas extremas, abandono familiar e até a vida estressante de grandes centros urbanos. Entre as profissões, médicos, veterinários, farmacêuticos, químicos e agricultores encabeçam o ranking mundial das pessoas que atentam contra si.

Sofrimento familiar

Outro aspecto abordado por Ariane é a dor das famílias que perdem alguém por suicídio. De acordo com ela, “a morte não acomete apenas o suicida, mas pulveriza a dor por todos os entes que ficam para trás. Por isso é tão importante criarmos espaços dentro das famílias para que as pessoas compartilhem seus problemas como forma de prevenção ao suicídio, inclusive para que o apoio profissional seja chamado em casos mais graves [...] pois o suicida, enfim, não quer morrer, ele quer acabar com um sofrimento que lhe consome a vida”.


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