O BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – anunciou que fará a liberação de R$ 1,5 bilhão, a partir da segunda semana de março, aos agricultores que desejarem investir na modernização, ampliação ou reforma da infraestrutura ou, ainda, de seu plantel de máquinas e implementos. Os recursos serão disponibilizados através do Finame Rural, representando 50% do total solicitado ao Palácio do Planalto pela Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – já no final do ano passado.
Na tarde desta quarta-feira (05), Eduardo Sampaio, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, disse à imprensa que o Governo Federal não entende como necessária, ao menos por enquanto, a injeção de maior volume de recursos no mercado. Em sua opinião, “dentre todas as linhas de investimento, esta é a única que ainda tem um montante considerável. Não tenho certeza se dá até o fim, mas é suficiente para andar muito nesta safra”.
NOVOS PARCEIROS
Na avaliação de Sandro Pinheiro, Diretor Financeiro do Grupo Guimarães, que comercializa máquinas, implementos e tem áreas de cultivo, “a postura do governo tem se mantido no sentido de se retirar do mercado e deixar que outros agentes passem a oferecer recursos para o setor. Hoje, além dos recursos do BNDES, o agricultor conta com um crescente leque de opções para captar financiamento a partir de moeda estrangeira, a uma taxa de juros bastante atrativa e contando com uma relativa segurança cambial, uma vez que a percepção é de que o Real está subvalorizado em relação à moeda norte-americana”.
MERCADO
Sobre as tendências do mercado de máquinas e implementos para a região de Lucas do Rio Verde, Sandro vê dois quadros diferentes para 2020. Em sua avaliação, “há indicativos que demonstram um crescimento nas vendas no primeiro semestre do ano, mas a manutenção desta tendência, principalmente para a segunda metade de 2020, dependerá muito dos desdobramentos de fatores externos. Talvez o caso mais evidente seja o combate ao coronavírus na China, pois algumas medidas adotadas têm afetado diretamente o mercado de proteína animal, com a dizimação do plantel de aves. Isso aumenta a demanda por importação e o Brasil aparece como um dos principais fatores dentro desta equação”.
