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Mercado físico do boi gordo finaliza a semana com ajustes negativos nos preços

O afastamento dos frigoríficos das compras neutralizou a trajetória de alta e abriu espaço para preços mais fracos.

Publicado em 12/12/2021 às 09:33

(Foto: Reprodução)

O mercado do boi gordo finalizou a semana com ajustes negativos nos preços da arroba, em função da maioria das unidades frigoríficas conseguiram preencher as escalas de abate até o final da próxima semana. Apesar da oferta limitada de animais para abate, o afastamento dos frigoríficos das compras neutralizou a trajetória de alta e abriu espaço para preços mais fracos.

Segundo a Agrifatto Consultoria, os frigoríficos vão forçando as ofertas por bovinos a valores cada vez menores diante do alongamento das escalas de abate. No entanto, o ritmo de negócios vai se reduzindo com os pecuaristas buscando preços melhores.

A IHS informou em seu relatório que algumas plantas alegaram que as atuais programações de abate permitem um preparo para atender o tão esperado pico de consumo de carne nesta etapa do ano. “As indústrias devem se manter distantes das compras enquanto não obter uma melhor avaliação das vendas da carne bovina no atacado”, reportou.

Os participantes do aplicativo Agrobrazil informaram negócios para o boi gordo com destino ao mercado interno na região de Presidente Venceslau/SP de R$ 315,00/@, à prazo com 15 dias para pagar e com data para o abate em 28 de dezembro. Já em Lucélia/SP, o boi gordo com destino ao mercado interno foi comercializado ao redor de R$ 310,00/@, à vista e com data para o abate em 17 de dezembro.

A Scot Consultoria apontou que os frigoríficos abriram a sexta-feira (10) ofertando R$1,00/@ a menos para o boi gordo. Há relatos de negócios pontuais de até R$5,00/@ abaixo da referência.”A referência está em R$316,00/@ para o boi gordo, R$298,00/@ para vaca gorda e R$308,00/@ para novilha gorda, preços brutos e a prazo”, relatou a consultoria.

Os agentes do mercado reduziram os valores de comercialização de alguns cortes bovinos no intuito de garantir a manutenção da liquidez e evitar o aumento de estoques. “Em dezembro, os baixos preços das carnes concorrentes e o menor ritmo das vendas externas da proteína bovina trouxe cautela às indústrias frigoríficas com relação à produção”, destacou a IHS Markit. 

Mercado futuro

Na Bolsa Brasileira (B3), as cotações futuras para o boi gordo finalizaram a sessão desta sexta-feira (10) com valorizações nos principais contratos. O vencimento Dezembro/21 registrou alta de 0,36% e encerrou cotado a R$ 307,60/@, enquanto o contrato Janeiro/22 terminou o dia precificado em R$ 314,90/@ e com um ganho de 1,03%.

O contrato fevereiro/22 finalizou a sessão com alta de 1,12% e cotado em R$ 315,70/@. Já o vencimento Março/22 fechou o pregão negociado em R$ 313,00/@ e com um aumento de 0,64%.

De acordo com as informações da IHS Markit, os futuros do boi gordo continuaram fragilizados, pressionados por movimentos de liquidação de posições em função da retração na procura por animais no mercado físico. “Agentes avaliam até que ponto o consumo doméstico supre a ausência dos grandes carregamentos ao exterior e destrava as operações no mercado de boiada gorda, ao menos no curtíssimo prazo”, destacou em seu relatório diário.  

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