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pioneirismo

Lucas do Rio Verde recepciona veteranos do 9º BEC com festa

Durante recepção, veteranos do Batalhão de Engenharia sediado em Cuiabá agradeceram o carinho do povo luverdense. Experição segue rumo norte, até Santarém.

Publicado em 24/09/2018 às 21:39
Atualizado em

9º Batalhão de Engenharia de Construção (Foto: Alex Zimermann/Portal da Cidade)

Durante toda esta ultima segunda-feira (24), Lucas do Rio Verde teve a oportunidade de receber os veteranos do 9º Batalhão de Engenharia e Construção (9º BEC), responsável pela abertura e pavimentação da rodovia BR-163 entre Cuiabá-MT e Santarém-PA, entre os anos de 1971 e 1976. A abertura da rodovia fazia parte do programa do Governo Federal de interiorizar o Brasil, expandindo a ocupação territorial da região Centro-Norte do país.

As homenagens aconteceram pela manhã em São Cristóvão, marco zero da construção da rodovia na região meio-norte de Mato Grosso, à tarde na Praça dos Pioneiros e, à noite, em um jantar oferecido pela Prefeitura Municipal.

Integração
Quem explica a missão do destacamento, neste sentido, é Hélio Mathias Pereira, hoje Coronel da reserva, um dos oficiais responsáveis pela missão de abertura da rodovia. Ele lembra que chegou para auxiliar os trabalhos de construção da rodovia em 1975, no trabalho de conclusão da obra.

“A gente recebeu a missão da construção sob a égide da integração. Era necessário e estratégico integrar a Amazônia legal ao restante do Brasil e esta região era um eixo muito importante. Naquela época não se falava em agricultura ou agronegócio como um potencial a ser explorado nessa região, principalmente porque a economia girava em torno do extrativismo, da seringueira e da madeira, se olhava para o cerrado como um terreno pobre e com pouca coisa a oferecer [...] mas com o desenvolvimento de novas tecnologias, tudo mudou e hoje temos o prazer de pisar em uma das regiões mais pujantes de toda a Nação. Hoje, passando por aqui de novo, a gente sente muito orgulho disso tudo, principalmente por sabermos que tudo valeu muito a pena”, lembra o coronel Mathias.

Pais de Lucas do Rio Verde
Um dos participantes da caravana dos pioneiros é o Sargento Sebastião Varela dos Santos. Bastante emocionado, Varela afirma que existe um misto de orgulho e satisfação ao passar pela rodovia aberta por sua tropa.

“Meu primeiro ponto na missão foi Lucas do Rio Verde. Cheguei aqui em 6 de abril de 1971. Lembro que havia não mais que um punhado de pessoas que chegavam para plantar nas terras ainda por abrir, eram pessoas que queriam uma oportunidade na vida para si e para suas famílias. Nós acampamos inicialmente às margens do Rio Verde e as coisas eram precárias, daqui de São Cristóvão até Lucas havia muitas áreas pantanosas, alagadiças, até o acesso a suprimentos era complicado [...] mas faria tudo de novo, por saber hoje o resultado que brotou de tudo aquilo: das doenças, das condições adversas de clima e tecnologia, da distância de tudo. Hoje todos nós nos sentimos um pouco pais de Lucas do Rio Verde, porque foi a partir da coragem tanto dos soldados quanto das pessoas que vieram para cá acreditando que aqui havia uma oportunidade que fizeram dessa região tudo que ela é hoje para Mato Grosso e para o Brasil”, avalia o Sargento Varela, gaúcho de Lagoa Vermelha.

Atualidade
Junto com a caravana dos veteranos da rodovia segue o Coronel André Luiz Cassiano, comandante do 9º BEC. Sua relação com o Batalhão começa em 1995, assim que se forma na Academia Nacional das Agulhas Negras, mas foi a partir de janeiro de 2018 que ele assumiu o comando do Batalhão.

“Eu me sinto completamente em casa quando venho a Lucas do Rio Verde. De fato comandar o 9º BEC é uma missão que me foi dada e me traz muito orgulho, por saber que todo o norte de Mato Grosso teve impulso em seu desenvolvimento a partir da ação efetiva dos destacamentos de nossa unidade. A comunidade de São Cristóvão é prova disso, foi aqui que Lucas do Rio Verde nasceu. Atualmente o 9º BEC continua suas atividades, auxiliando na conclusão de obras em Mato Grosso do Sul e se preparando para outras incursões em Mato Grosso”, salienta o Coronel Cassiano.

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